quarta-feira, 6 de março de 2013

Randolfe Rodrigues representará o Senado no funeral de Hugo Chávez


O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi designado nesta quarta-feira (6) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, como representante da Casa no funeral do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que teve a morte anunciada na terça-feira (5). Randolfe havia proposto um requerimento de pesar pela morte de Chavez, com a constituição de uma comissão de senadores para acompanhar a cerimônia de despedida do político venezuelano.
- Nunca é tarde para destacar que, em dez anos, a Venezuela foi um dos raros países latino-americanos a declarar seu território livre do analfabetismo, dentre tantas outras conquistas sociais - afirmou Randolfe.
A proposta, porém, foi objeto de grande debate. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou a iniciativa.
- Não posso deixar de me associar às condolências enviadas à família de um homem que faleceu, um presidente da República, um cidadão venezuelano, um homem que faleceu depois de um longo sofrimento. Agora, eu não posso me associar ao pesar pela morte de alguém que, no campo político, representa tudo aquilo que eu abomino. O Sr. Hugo Chávez foi um liberticida: atacou as liberdades democráticas na Venezuela. Sufocou a oposição. Castrou a liberdade de imprensa. E jogou o país numa profunda crise - disse Aloysio, para quem a proposta de Randolfe significaria uma associação política do Senado brasileiro ao regime chavista.
Enquanto os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Lídice da Mata (PSB-BA), João Capiberibe (PSB-AP), Walter Pinheiro (PT-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apoiaram o requerimento de Randolfe, os argumentos de Aloysio Nunes tiveram o apoio de José Agripino (DEM-RN), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Mário Couto (PSDB-PA).
Como o Senado já havia aprovado em Plenário voto de pesar em homenagem a Chávez, Renan Calheiros preferiu apenas designar Randolfe Rodrigues como representante da Casa no funeral.
Hugo Chávez lutava contra um câncer há quase dois anos. Eleito quatro vezes presidente da Venezuela, governou o país por 14 anos seguidos. O político tinha 58 anos e deixa três filhas e um filho. Seu corpo está sendo velado no saguão da Academia Militar de Caracas, capital venezuelana, e será enterrado na sexta-feira (8).

Agência Senado

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