Assisti parte da sessão do Congresso de ontem
discutindo o Plano Nacional de Educação (PNE), o documento que norteará a
educação brasileira pelos próximos dez anos.
Valeu pela intervenção do
senador José Sarney, o único a olhar para frente com perspectiva de futuro. O
senador eleito pela educação, Cristovam Buarque, limitou-se a dizer que em vez
de plano decenal, deveria ser plano para 20 anos. E porque não para 30, 40, 50
anos? E para que chutar a gol se a plateia gosta de embaixadas retóricas no
meio campo?
O discurso de Sarney foi na seguinte direção
- O
PNE limitou-se a ser uma colcha de retalhos de um conjunto de metas e de
frases de boa intenção.
- Preocupa-se
em definir fontes de receita mas nada diz sobre o aprimoramento dos gasto
- Limita-se
a repetir, com atraso, a trajetória que outros países seguiram décadas
atrás, sem apresentar nada de novo
Um dos grandes desafios das nações emergentes é o
de, valendo-se dos novos tempos e das novas tecnologias, cortar caminho, correr
em busca do tempo perdido
A educação é uma das áreas que mais contribuição
têm recebido das inovações tecnológicas. Educação à distância, novos métodos
pedagógicos, inclusive valendo-se da pedagogia dos games, uso de tablets, há um
universo estrondoso para ser explorado
Lembro de artigo que publiquei tempos atrás, de um
trabalho de 1974, de Wanderley Guilherme dos Santos, apontando o universo de
possibilidades aberto pela informática.
Nada disso foi contemplado nas 20 metas do PNE.
Sarney conseguiu emplacar a 21a., uma genérica "busca da inovação".
Todas as 20 metas deveriam ter por linha de
aprimoramento a busca incessante da inovação, em vez de metas retóricas de
reduzir a idade máxima para a alfabetização.
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