Nesta terça-feira (17), os parlamentares da Bancada
Federal do Amapá estiveram reunidos nos Ministérios de Minas e Energia (MME) e
Pesca e Aquicultura (MPA) para tratar de medidas compensatórias relacionadas à
ratificação do Acordo Brasil-França. No Ministério de Minas e Energia, uma
equipe técnica do departamento de Desenvolvimento Sustentável de Mineração,
formada para conduzir a ação de adequação do garimpo, discutiu com os deputados
sobre a questão social e ambiental. Os principais pontos envolvem a proteção da
mão-de-obra e do meio ambiente prejudicados pelo uso do mercúrio no processo de
extração do ouro, além de acabar com garimpos ilegais ainda existentes na
região. O deputado Bala Rocha ressaltou que alguns garimpos ainda atuam em área
de preservação ambiental e por este fato há uma situação grave de contaminação
no Rio Caciporé. A deputada Janete Capiberibe (PSB) defendeu a proteção da área
do Tumucumaque e abordou sobre a exploração sustentável do minério. A deputada
Dalva Figueiredo (PT) destacou o
problema que envolve arrecadação tributária para o município de Calçoene, uma
vez que a maior parte do ouro extraído é comercializado em Oiapoque. O
coordenador da Bancada do Amapá, deputado Evandro Milhomen,
lembrou que mais de 2 mil famílias sobrevivem da economia gerada pela extração
de ouro em Calçoene e por isso as medidas exigem uma ação bem estrutura. No
Ministério da Pesca (MPA), a discussão girou em torno da criação de um pólo
pesqueiro no município de Oiapoque, em razão do potencial da região. O objetivo
é implementar terminais de pescas, indústria de beneficiamento de pescado,
embarcação e fábricas de gelo, uma estrutura que irá alavancar a economia, além
de beneficiar os catraieiros, que serão prejudicados com a inauguração da ponte
binacional.
Sobre o acordo internacional
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia
12/12, o texto (Projeto de Decreto Legislativo 1055/13) que ratifica acordo
firmado com a França para reforçar o combate ao garimpo ilegal de ouro em
parques nacionais e em áreas de fronteira da Guiana Francesa com o Estado do
Amapá. Assinado em 2008, o texto prevê confisco e destruição de bens utilizados
na extração clandestina de ouro em uma faixa de 150 quilômetros de
cada lado da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. Pelo texto, os países se
comprometem a controlar as atividades de pesquisa e lavra de ouro nas regiões
do acordo. Entre as medidas preventivas está a necessidade de as empresas que
exerçam atividades comerciais relativas ao ouro não transformado, especialmente
as atividades de venda e revenda, sejam submetidas à obrigação de manter um
registro das transações. Também prevê autorização administrativa prévia para o
exercício da profissão de transportador fluvial de pessoas ou mercadorias na
bacia do rio Oiapoque. No caso de descumprimento das regras, Brasil e França se
comprometem a aplicar sanções de acordo com as legislações nacionais e no
contexto da cooperação judiciária bilateral em matéria penal.
É sim uma boa proposta, mais é necessário técnicos capacitados, dedicados e compromissados para que não deixe que resíduos químicos utilizados não polua o ambiente e nem áreas florestais sejam devastadas.
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