Estado de S. Paulo
Que a situação da segurança pública é ruim em todo
o País é coisa há muito sabida, por experiência, tanto pela população, que
sente isso na carne, em seu dia a dia, como pelas autoridades. Mas, quando
expressa em números por meio de levantamento rigoroso, constata-se que na
realidade ela é muito pior. É o que mostram os resultados da primeira Pesquisa
Nacional de Vitimização, feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública em
conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o
Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG e o Datafolha. A
parte da população afetada diretamente pela violência é muito grande, maior do
que se poderia imaginar. Nada menos do que um em cada cinco brasileiros que
vivem nas cidades com mais de 15 mil habitantes foi vítima de uma ação
criminosa no período de 12 meses abrangido pela pesquisa – agressão, sequestro,
fraude, ofensas sexuais, discriminação, furto e roubo. Ou então de acidente de
trânsito. A porcentagem da população vítima desses vários tipos de ocorrência
varia muito de Estado para Estado – de 46% no Amapá, o pior colocado, a 17% em
Santa Catarina. Mas mesmo o índice deste último, o menos violento, ainda é
alto. A situação dos mais ricos – São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente,
com 20,1% e 20% – é também ruim.
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