segunda-feira, 30 de junho de 2014

Após desistir da Presidência, Randolfe nega também pré-candidatura ao Governo

O senador explicou os motivos que o fizeram abandonar sua pré-candidatura à Presidência e anunciou indiretamente que o seu partido, o PSOL, aceitou a oferta do governador Camilo Capiberibe para juntar-se à campanha pela sua reeleição.

Em carta aberta distribuída nesta sexta-feira, 27, pela Assessoria de Comunicação do PSOL-AP, o senador Randolfe Rodrigues capitulou de suas pretensões ao Governo do Estado e assumiu, nas entrelinhas, que vai mesmo apoiar a candidatura à reeleição de Camilo Capiberibe (PSB). “Sou senador e vou cumprir meu mandato”, desculpou-se o parlamentar. "Considero que a posição que meu partido vier a assumir na corrida estadual será a mais sábia possível no momento, na medida em que reconheça que é preciso unir forças (...), mesmo sabendo das necessidades de estabelecer críticas a setores com quem dialogaremos", disse, numa referência velada ao atual Governo do Estado. Na carta, Randolfe admite que atendeu a uma demanda de seu partido ao permitir que seu nome fosse apresentado na pré-campanha presidencial, mas que declinou da oficialização da candidatura por compreender que a etapa aberta em 2010 ainda não havia se fechado. Para alguns críticos do PSOL, na verdade, o senador desistiu da corrida presidencial porque sua candidatura nunca decolou nacionalmente, conforme pesquisa do Ibope. E justificou sua abdicação também da candidatura ao Governo, alegando que sua jornada cívica exige tempo, além de maior presença dele nos municípios. Rodrigues anunciou que pretende juntar forças em um mutirão de trabalho, em Brasília, supostamente voltado à criação de bases de um novo modelo de desenvolvimento econômico autossustentado, que garanta trabalho e renda para o Amapá. Mas não disse como isso deve acontecer, uma vez que o seu partido faz oposição sistemática ao Governo Federal, juntamente com o PSB do governador Camilo. "Não sou candidato a governador pela mesma razão que não sou candidato a presidente. Porque a etapa que persiste é de cumprir meu primeiro mandato como senador e colaborar na reconstrução de Macapá, principal metrópole, e onde concentram-se os principais problemas do nosso estado", frisou, numa crítica direta à administração do prefeito Clécio Luís que ele próprio ajudou a eleger pelo PSOL.


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