A Convenção Nacional do PMDB, realizada nessa
terça-feira, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, aprovou a
manutenção da aliança com o PT na eleição presidencial de outubro. A coligação
foi aprovada por 69,7% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos). As
principais lideranças do PMDB foram a Brasília participar da Convenção, como
governadores, prefeitos, parlamentares e delegados de todos os estados.
O
vice-presidente da República, Michel Temer, fez a principal defesa do acordo
com o PT. Segundo ele, o acordo abre as portas para que, no futuro, PMDB “ocupe
todos os espaços políticos, para o bem dos brasileiros”. Após o anúncio do
resultado, pelo presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), a presidente
Dilma Rousseff entrou no auditório sob aplausos dos convencionais.
Em seu
discurso, Dilma elogiou a postura do PMDB no governo e disse que o partido “é
protagonista das grandes mudanças” pelas quais o país está passando nos últimos
anos. Depois de tecer elogios a Temer, Dilma também fez questão de citar a
presença do senador José Sarney (AP) na Convenção. Quando ela fez referência ao
ex-Presidente da República, a militância do partido entoou palavras de ordem de
apoio a Sarney, em uma das raras vezes em que Dilma teve que interromper o
discurso.
Na Convenção, o PMDB apresentou alguns dos
seus projetos para o próximo mandato, em caso de vitória em outubro: a adoção
da escola em turno integral para todas as crianças de até 10 anos, a destinação
de 10% da renda pública para a saúde e a ampliação da logística de infraestrutura.
O partido também reafirmou o compromisso permanente com a liberdade de
expressão e defendeu a aprovação de uma reforma política ampla, compatível com
as aspirações populares.
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