Quando o senador José Sarney (PMDB-AP) despendeu esforços, desenvolveu ações e conseguiu tirar do controle do governo do Pará, o porto de Santana, ele já tinha em mente que com a estruturação da Área de Livre Comércio; a Zona de Processamento de Exportação e a Zona Franca Verde, projetos concebidos e viabilizados por ele, o porto seria um importante instrumento para auxiliar esses mecanismos, indispensáveis para o desenvolvimento do estado do Amapá. Para que isso se transformasse em realidade era preciso mais do que estruturar o porto, era indispensável criar uma matriz energética capaz de fornecer o principal insumo básico para viabilização de outra matriz, a econômica. A partir daí, Sarney teve que, novamente, usar de sua força e de seu prestigio para convencer o Governo Federal a trazer de Tucuruí, o linhão que fornecer a energia de que precisamos e com ela, a banda larga. Agora que o linhão chegou, trazendo a realidade que parecia distante, vemos que novos horizontes se abrem para um estado, criado há 25 anos, e que ainda vive de uma única fonte de renda, do setor terciário formado pelo comércio, ancorado na Área de Livre Comércio e serviços, no setor governamental. Enquanto o linhão de Tucurui passava acima da copa das árvores da imensidão da floresta amazônica; traspassava igarapés, rios e lagos da maior bacia hidrográfica do mundo, e lançava seus cabos sobre o portentoso rio Amazonas, tendo que se utilizar de torres gigantescas, algumas chegando a 290 metros de altura; Sarney trabalhava na ampliação da matriz elétrica, desta feita em busca de instalar centrais hidrelétricas, aproveitando o grande potencial hídrico amapaense. Sem precisar relacionar outros empreendimentos de porte que andaram graças as ações de Sarney, não dá para negar que o futuro, os novos tempos e a expectativa de melhoria de vida do povo amapaense não seria possível sem todo esse esforço. Quem conhece a história recente do Amapá, com tanta dificuldade que já passamos, do racionamento de energia do inicio dos anos 1990 aos apagões de 2013; da carestia dos produtos de primeira necessidade à falta de opção de compras, de antes da ALCMS, sabe que precisamos contar, ainda que por alguns anos mais, com o inquestionável prestigio e a dedicação de Sarney para que possamos consolidar e garantir esses novos tempos de prosperidade que tanto almejamos. Os que aqui nasceram ou que para cá vieram, poderão desfrutar do que resultou do esforço, denodo e aplicação de um homem público que não pensou no seu tempo, mas que com a visão de estadista, enxergou longe para garantir uma vida digna às futuras gerações, e soube retribuir a generosidade dispensada à ele pelo povo do Amapá.
Olimpio Guarany é jornalista, economista, publicitário e professor universitário
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