sábado, 28 de junho de 2014

Editorial: “Um fato histórico”


Na sexta (27), na convenção do PDT, PP e PMDB os simpatizantes das três legendas e a imprensa brasileira registram um fato que entrou para os anais da história política do País. O anúncio da aposentadoria de um dos mais proeminentes políticos brasileiros, José de Ribamar de Araújo Costa, o José Sarney de Araújo Costa. Ele adotou o nome do pai. O Tribuna Amapaense dedica seu editorial para homenagear, reconhecer e agradecer os relevantes serviços prestados à Literatura, jornalismo e à política do Brasil. Sarney foi líder estudantil, deputado federal, governador, senador, presidente da República e, novamente, senador. Nessa longeva trajetória, vitoriosa, diga-se, de sessenta anos fez muito, acertou muito e errou também, afinal, o errar é humano, singularmente humano.
O Amapá tirou de Zé do Sarney o seu melhor e ele permitiu que lhe fosse extraído o que de melhor tinha para oferecer ao povo tucuju que, generosamente, lhe concedeu três mandatos de Senador da República Federativa do Brasil. Sarney é um homem do seu tempo, um protagonista da sua história. O Auge de sua carreira política aconteceu num momento delicado da política nacional. Sarney, juntamente com Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Antônio Carlos Magalhães e Aureliano Chaves formaram a Frente Liberal e garantiram a eleição de Tancredo e, pelas mãos divinas, chegou à presidência da República. Tancredo faleceu, vítima de uma doença no intestino grosso. E, depois de ser tudo na vida pública, Sarney encerra sua trajetória política nas grimpas do Brasil. Estado do Amapá, região elevada a essa condição por ele, enquanto presidente do Brasil, em 1988. Com Sarney representando o Amapá no Congresso Nacional, ganhamos visibilidade e críticas de quem nunca colocou um centavo para este povo. Mas Sarney deixa para trás uma Área de Livre Comércio, a integração do Amapá na matriz energética nacional, uma Zona Franca Verde e muitas outras grandes realizações. Para os amapaenses, Sarney foi motivo de honra e orgulho. O brasileiro imortal da Academia Brasileira de Letras jamais será esquecido na política amapaense. O Tribuna agradece o seu comprometimento de, ainda que sem mandato, continuar velando pelo desenvolvimento do Amapá.

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