segunda-feira, 21 de junho de 2010

Comissão rejeita proibição de película plástica em garrafões de água

Relator diz que o problema não é o plástico, mas seu manuseio.

Arquivo - Janine Moraes
Juarez diz que o plástico é necessário para prolongar a vida útil dos garrafões.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio rejeitou na quarta-feira o Projeto de Lei 6386/09, do deputado Milton Vieira (DEM-SP), que proíbe o uso de película de plástico para embalar garrafões de água. Conforme a proposta, para cada unidade embalada irregularmente, o comerciante será multado em uma Unidade Fiscal de Referência (Ufir).

O autor do projeto se baseou em decisão do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, que proibiu há seis anos o uso dessa película, com base em estudo da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam). O estudo constatou que a película plástica age como um ímã, que atrai e fixa poeira e produtos tóxicos dispersos no ar. O contato da poeira com a água, que eventualmente se acumula entre o garrafão e o plástico, dá origem a colônias de bactérias, de esporos e fungos", segundo o estudo.

Os integrantes da comissão, entretanto, concordaram com o parecer do relator, deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP). Segundo ele, o problema não é o plástico, mas seu manuseio inadequado. “A película plástica tem a função de resguardar o garrafão e contribuir para o prolongamento da sua vida útil. Assim, mais valeria uma campanha para esclarecer a população sobre os cuidados necessários no manuseio dos garrafões do que proibir o plástico”, disse.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Rachel Librelon
Edição – Wilson Silveira

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