sexta-feira, 25 de junho de 2010

Governador assina contrato que prevê US$ 1,3 bilhão nos próximos quatro anos

Geração de emprego e renda para a população amapaense é um dos compromissos da empresa da Indonésia com o Estado

O governador Pedro Paulo Dias de Carvalho desembarcou, ontem, no Aeroporto Internacional de Macapá, em voo comercial vindo da Indonésia. Em entrevista coletiva o governante anunciou a confirmação de acordo com o grupo empresarial Salim, para exploração de dendê no Estado. Para usar o solo amapaense a empresa investirá US$ 1,3 bilhão nos próximos quatro anos. As áreas de plantação de palma se espalham por quatro municípios: Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Amapá e uma parte de Porto Grande, somando duzentos mil hectares. O setor industrial ficará em Santana. De acordo com Pedro Paulo, o presidente do grupo indonésio, Antoni Sa-lim, e diretores da empresa, firmaram o compromisso de criar toda infra-estrutura para o empreendimento no Estado. Em contrapartida, o Estado assumiu ajudar a empresa nos incentivos necessários para a sua instalação. Outro anúncio foi quanto à geração de mais de 20 mil empregos para o povo amapaense, sendo no município de Santana a base da fábrica e da estrutura mecânica utilizada no processo. Outros estados também assediaram a empresa para que recebessem os investimentos do grupo, incluindo Pará, Maranhão, Amazonas, Piauí e Rio Grande do Norte. O governo do Maranhão chegou a oferecer quatrocentos mil hectares de terra sem custo nenhum. A escolha pelo Amapá está associada a alguns fatores, entre os quais o fato de estar na Linha do Equador, o que favorece o plantio de palma (palmeira de dendê) que se adapta muito bem em uma variação de temperatura entre 10º graus abaixo ou acima da linha imaginária. Outro é que o grupo quer chegar a Europa e aos Estados Unidos, e o Amapá pode ser o trampolim para entrar nesses mercados, vantagem geográfica em relação aos concorrentes. O Grupo Salim é considerado um dos maiores do mundo. Além de dendê, a empresa pode trabalhar na produção de biodiesel, margarina, óleo de cozinha, graxas, óleos finos para cosméticos e fármacos, e sabão, dentre outros. Uma representação da empresa está instalada no Estado, é a Rio Grande. As atividades devem começar em setembro. Já o trabalho no campo só a partir de janeiro de 2011.

Diário do Amapá

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