Durante entrevista concedida na segunda-feira (28), ao programa Tribuna da Cidade, na rádio Cidade FM, o senador Papaleo Peas (PSDB) disse ter ouvido de um ministro do Governo Federal que o Amapá só não enfrentará mais um racionamento de energia elétrica devido ao período político.
O senador comentou o grave problema de energia no Amapá e a divida de R$ 1,6 bilhão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Para Papaléo Paes a crise exige o comprometimento das forças políticas do estado, no propósito de uma solução.
A crise no setor e a possibilidade de racionamento fizeram parte dos debates realizados durante a audiência pública realizada recentemente na Assembléia Legislativa. No momento as previsões são de que os corte aconteçam a partir de novembro nos municípios do interior do estado, poupando a capital. Como se trata de previsão a situação pode ser do que o anunciado e até antecipada, pois no momento Macapá já enfrenta quedas constantes no fornecimento.
A situação deve se agravar com a queda na geração de energia produzida pela hidrelétrica Coaracy Nunes. Durante o inverno chega a 140 MW, porém no verão cai para praticamente a metade, ficando em 78MW. Mesmo com os 110MW de energia produzida pelas termoelétricas somada aos 78 MW da Coaracy Nunes, não será o suficiente para atender a população. A alternativa poderia ser a contratação de novas termoelétricas, porém todo o prazo para a realização do processo de licitação e instalação dos equipamentos não daria tempo.
Na prática o estado continua sofrendo as conseqüências de um problema que se arrasta já há vários anos. No inicio da década de 90 os amapaenses enfrentaram a pior crise de racionamento de energia, solucionado com a chegada das termoelétricas de Camaçari. O problema voltou a se agravar nos últimos cinco anos resultando em um novo racionamento em 2009. Em outubro passado, por quase duas semanas a capital do estado voltou a conviver com o apagão. Nos municípios do interior o problema durou bem mais tempo.
De acordo com a declaração do senador Papaléo Paes, não fosse a necessidade de voto para se eleger de presidente da República a deputado estadual, a população sofreria novo apagão. Como as eleições acontecem em outubro, caso não tenha segundo turno federal, a situação não está descartada. (Domiciano Gomes)
A Gazeta
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