Ladeiras escorregadias, erosões, abismos, curvas fechadas e muita área enlameada
Ou seja, a conclusão óbvia é a de que o meio ambiente foi sumariamente depredado com a complacência de quem está investido de poder para defendê-lo. Nos dois municípios, as opiniões divergem. No entanto, a desarmonia acaba numa convergência: do jeito que está, a estrada entre Laranjal e Vitória vai acabar se transformando numa simples vereada. E isso seria uma pena, já que antes da abertura dela não havia acesso por terra de Laranjal a Vitória do Jari. A viagem era feita de barco ou pelo município de Almerim, no Pará, com a travessia de balsa. Outro prejuízo ocasionado com o abandono da estrada é que muitos estão perdendo a chance de apreciar paisagens únicas que podem ser facilmente encontradas nos 36 quilômetros de extensão da estrada. Cenários naturais de indescritível beleza que encantam por sua grandiosidade, e que também emocionam por sua singeleza incomparável.
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A estrada de chão que liga os municípios de Laranjal e Vitória do Jari, ambos a 250 quilômetros de Macapá, nem completou um ano de funcionamento e já está em péssimas condições. Inaugurada na primeira quinzena de novembro do ano passado, apresenta problemas gravíssimos que tornam a trafegabilidade uma aventura extremamente perigosa devido aos aclives (subidas) e declives (descidas) de 20 a 30 metros de pura lama e dos abismos circundantes nessas áreas. Um motorista inexperiente não consegue chegar ao topo dessas ladeiras, mesmo no comando de potente carro tracionado. E caso insista na “epopeia” corre o risco de, numa manobra malsucedida, acabar no fundo de um dos precipícios cuja profundidade ninguém, até hoje, se arriscou mensurar. Só para se ter uma vaga ideia do fundo praticamente insondável de um deles, da borda foi possível enxergar a copa de uma árvore cuja altura estimada chega a 50 metros. Infelizmente, outros problemas de igual gravidade ameaçam a estrada que, em meses passados, foi considerada o “marco da engenharia tucuju”. Curvas muito fechadas, em trechos de pouca visibilidade, além do estreitamento provocado por contínuos desmoronamentos de barrancos, são ameaças permanentes. Em algumas partes as erosões acontecem na passagem dos carros, e a sensação é a de que a qualquer momento o veículo pode ser engolido pelo chão e desaparecer no despenhadeiro. Segundo fontes no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), parte da mata entre as duas cidades foi retirada sem nenhuma autorização oficial dos governos estadual e federal. Não existiu, nem mesmo, um simples esboço de relatório de impacto ambiental. E o órgão não pôde fazer nada porque, conforme ainda a fonte, “forças políticas mobilizaram-se para impedir qualquer tipo de ação nesse sentido”.
Ou seja, a conclusão óbvia é a de que o meio ambiente foi sumariamente depredado com a complacência de quem está investido de poder para defendê-lo. Nos dois municípios, as opiniões divergem. No entanto, a desarmonia acaba numa convergência: do jeito que está, a estrada entre Laranjal e Vitória vai acabar se transformando numa simples vereada. E isso seria uma pena, já que antes da abertura dela não havia acesso por terra de Laranjal a Vitória do Jari. A viagem era feita de barco ou pelo município de Almerim, no Pará, com a travessia de balsa. Outro prejuízo ocasionado com o abandono da estrada é que muitos estão perdendo a chance de apreciar paisagens únicas que podem ser facilmente encontradas nos 36 quilômetros de extensão da estrada. Cenários naturais de indescritível beleza que encantam por sua grandiosidade, e que também emocionam por sua singeleza incomparável.
Texto:
Emanoel Reis (FENAJ 1.380-DRT/PA)
Assessor de Comunicação
Deputada Federal Fátima Pelaes (PMDB-AP)
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