Em declaração feita no último sábado (31), em Curitiba, Lula ofereceu abrigo à condenada, dizendo: "quero fazer um apelo a meu amigo Ahmadinejad [presidente iraniano], ao líder supremo do Irã [Ali Khamenei] e ao governo do Irã para permitir que o Brasil possa receber essa mulher".
Indagado pela imprensa sobre o gesto humanitário de Lula, Sarney declarou:
- Acho que o presidente Lula fez o que devia. Realmente, é uma coisa inacreditável esse sistema em que, ainda nos dias de hoje, se possa pensar na morte por apedrejamento de qualquer pessoa. De maneira que acho que agimos certo, o governo agiu certo. No entanto, o presidente do Irã tem outra forma de raciocinar.
Esforço concentrado
Na mesma entrevista, Sarney disse que está trabalhando para obter consenso junto às lideranças para que a Casa vote o maior número possível de projetos durante o esforço concentrado desta semana. Ele disse que a prioridade do Senado são as proposições de interesse urgente do povo brasileiro, assim como aquelas essenciais ao funcionamento do governo.
- Hoje, vamos concluir as matérias que restaram da pauta de ontem e vamos examinar a indicação da ministra Eliana Calmon, que vai para o Conselho Nacional de Justiça. Temos de votar o nome dela, de modo que não haja interrupção para esse órgão de controle externo da magistratura, que tem dado tão certo.
Eleita por aclamação pelo Superior Tribunal de Justiça, para substituir Gilson Dipp no cargo de corregedor nacional de justiça, Eliana Calmon ainda precisa ter seu nome aprovado pelo Senado para só então ser nomeada pelo presidente da República. Antes de ir a Plenário, a indicação será votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Teresa Cardoso / Agência Senado
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