Cidade joia
Tudo começou no distante 24 de setembro de 1751, quando o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, ficou incumbido de implementar o povoamento da região Amazônica. Assumiu o governo do Estado do Maranhão e Grão-Pará, em 24 de setembro de 1751, e já em dezembro organizava uma expedição a Macapá, sob o comando do sargendo-mor João Batista do Livramento, constituída de soldados, e, principalmente, de colonos da Ilha dos Açôres. Mendonça Furtado, chegou a Macapá no início de fevereiro de 1758, com numerosa comitiva. Veio para elevar o povoado à categoria de vila. No dia 2 de fevereiro, começou com as providências criando a Câmara Municipal e empossando os vereadores Domingos Pereira Cardoso, Feliciano de Souza Betancort, Francisco Espíntoda de Betancort, Antônio da Cunha Davel, Thomé Francisco de Bentacort e Simão Caetano Leivo.No transcurso de uma solenidade, no dia 4 de fevereiro, Mendonça Furtado mudou a categoria administrativa do povoado de Macapá, elevando-o à condição de vila com a denominação de Vila de São José de Macapá.Desde então, a bela, dengosa e sestrosa Macapá só fez aumentar seus dotes de beleza tipicamente amazônica. Hoje, deveria ser uma respeitável e provecta senhora que completa 253 anos, mas não é isso que se vê. O que se vê é uma cidade jovem, mocinha, ainda, pujante, e cujo única vontade é dar prosperidade a seu povo. Para isso, trabalha, trabalha muito. Às vezes chora, é verdade, tropeça, cai, mas se levanta sempre muito digna, altaneira, e segue em frente, como deve ser com todos que sonham com a deusa da Fortuna para seus filhos. Seus filhos, na contrapartida, fazem tudo o que podem para realizar os sonhos dessa espécie de virgem-mãe. Eles também trabalham, sofrem, choram, caem, eventualmente. Mas também seguem em frente, eretos e altaneiros, porque sabem que sua mãe jamais os abandonará. Esta é a Macapá que amamos, a cidade que mereceu - e continua a merecer o título de “Cidade Joia da Amazônia”, que vive debruçada sobre o mais belo e poderoso dos rios o Amazonas, que leva e traz riquezas para todos os que têm a benção e o privilégio de habitar sobre o seu azul de pureza como outro não há.Todos devemos fazer nossa declaração de amor a Macapá, mas não apenas hoje, mas sim todos os dias, mantendo-a limpa, enfeitada, civilizada e saudável. Ela por sua vez, nos brindará sempre com sua beleza e encantamento, com seu canto de encanto da sereia que é, ancorada para sempre à terra, mas ligado umbilicalmente ao rio-mar pelo nosso trapiche Eliezer Levy.
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