quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA


EUA e Europa cobram transição imediata e já falam em fim da Era Mubarak. Numa demonstração de resistência do governo, partidários do ditador Hosni Mubarak saíram às ruas montados em camelos e cavalos, armados com facões, chicotes e pedaços de madeira, e atacaram violentamente opositores na Praça Tahrir, palco dos protestos que há dez dias sacodem o Egito. Muitos deles receberam cerca de R$ 56 para participar. O Exército nada fez para conter as cenas de selvageria que culminaram com três mortos e pelo menos 600 feridos, segundo o governo. Este número pode chegar a 1.500, de acordo com médicos que atenderam as vítimas até em emergências improvisadas nas mesquitas. Os EUA pediram antecipação das eleições e exigiram uma transição imediata. Europeus endureceram o tom e já falam em fim da Era Mubarak. No Iêmen, o ditador que está há 32 anos no cargo anunciou que deixará o poder. Mas só em 2013. (Págs. 1, 30 a 33, Merval Pereira, Veríssimo, Demétrio Magnoli e editorial "Egito é uma oportunidade para os EUA")

Grupo pró-ditador ataca multidão em praça do Cairo; confronto deixa ao menos 3 mortos e 1.500 feridos. Tahrir, a praça-símbolo da revolta no Egito, virou campo de batalha ontem. A cavalo ou camelo, partidários do ditador Hosni Mubarak atacaram manifestantes com porretes e chicotes. Os rebeldes reagiram quebrando calçadas e lançando as pedras. À noite, os dois lados passaram a atirar coquetéis molotov, e prédios pegaram fogo em torno da praça. O confronto deixou pelo menos três mortos e mais de 1.500 feridos. Jornalistas estrangeiros foram agredidos pelas forças leais a Mubarak e tiveram seus quartos em hotéis invadidos - inclusive o da reportagem da Folha. Agentes do governo proibiram fotografias e filmagens do centro do Cairo. Os EUA aumentaram a pressão, pedindo a saída de Mubarak "para ontem". O Estado-Maior manifestou preocupação com a segurança do canal de Suez, rota do petróleo. (Págs. 1 e Mundo)

Partido que mais se beneficiou com os 'restos a pagar' de emendas foi o PMDB, com R$ 12 milhões. Nas vésperas da eleição para as Mesas do Congresso e no momento em que o governo enfrenta a insatisfação de partidos da base aliada, aumentou a liberação de "restos a pagar" de emendas propostas por parlamentares, recursos cujos gastos foram autorizados no Orçamento, mas não efetivamente pagos. Em janeiro, foram liberados R$ 148 milhões, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, informa a repórter Julia Duailibi. O PMDB, cuja bancada tem criticado a montagem do governo Dilma Rousseff - chegou a ameaçar veladamente retaliar o Planalto em votações importantes -, foi o partido que mais teve recursos pagos até agora: R$ 12 milhões, segundo levantamento feito no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Em janeiro de 2010, o partido recebeu apenas R$ 1,8 milhão. Em segundo lugar, vieram os restos a pagar de emendas do PT, com R$ 3,3 milhões. Também integrantes da base, PP e PDT receberam R$ 2,5 milhões e R$ 2,4 milhões, respectivamente. Os principais partidos da oposição, PSDB e DEM, tiveram ao todo R$ 3,4 milhões. (Págs. 1 e Nacional A4)

Cansados de esperar pelo poder público, moradores de Friburgo se unem em mutirões para reconstruir pontes, praças e tubulações de água. De quebra, ainda cobram mais agilidade dos governos. (Págs. 1 e 3 a 5)


Recebida com beija-mão, presidente reafirma que o Estado brasileiro só pode arcar com o valor de R$ 545 e cobra do Congresso o respeito a regras estáveis para o reajuste do piso salarial. Centrais sindicais reivindicam a antecipação parcial dos ganhos previstos para 2012, o que representaria um aumento real neste ano. (Págs. 1, 2 e 3)

VALOR ECONÔMICO

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE SALÁRIOS PODE SER SELETIVA

Preocupado com a perda de competitividade do setor produtivo brasileiro provocada pela apreciação da taxa de câmbio, o governo federal estuda desonerar a folha de salários das empresas dos setores da economia mais prejudicados pela concorrência internacional. O objetivo é dar meios a setores como o têxtil e o de brinquedos para enfrentarem a competição de produtos importados da China. Outros setores que poderão ser beneficiados são os de calçados e bens de capital (máquinas e equipamentos). Inicialmente, a ideia do governo era diminuir, de forma linear, a contribuição incidente sobre a folha de pessoal destinada ao financiamento da Previdência em todos os setores da economia. Hoje, as empresas pagam contribuição equivalente a 20% do total da folha salarial. Mas por causa das restrições fiscais no primeiro ano da gestão Dilma Rousseff, o governo deve optar por uma desoneração setorial. (Pág. 1)

ESTADO DE MINAS

Parlamentares prometem, a exemplo dos deputados federais e dos órgãos responsáveis pela manutenção e fiscalização da via, ações para evitar tragédias como a que matou cinco pessoas sexta-feira. Mas iniciativas semelhantes em relação à BR-381, em 2007, e à BR-040, em 2009, não resultaram em efetiva melhoria das rodovias e redução das mortes. Ontem entraram em vigor as primeiras medidas paliativas. O Dnit começou os estudos para a instalação de seis novos radares fixos e a PM Rodoviária passou a operar quatro equipamentos móveis no trecho mais crítico. (Págs. 1, 9, 21 e 22)

Dentro de uma delegacia, presos são obrigados por policiais a se beijarem e trocar declarações de amor. Toda a sessão de humilhações foi filmada e as imagens, colocadas na internet. (Pág. 1)

Após duas décadas de liderança, o Estado perdeu cinco posições em cinco anos. (Págs. 1 e 36)


Veja também


ARTIGOS

A canalha (Correio Braziliense)

Marx e Engels, no incendiário Manifesto do Partido Comunista, publicado em 1848, exaltam os méritos das classes trabalhadoras e condenam ao fogo do inferno o capitalismo, apontado como etapa de transição para utópica ditadura do proletariado. Não deixam, contudo, de assinalar a existência, em patamar inferior ao dos burgueses e proletários, de camada denominada lumpemproletariado, descrita como “essa putrefação passiva dos mais baixos estratos da velha sociedade”. Segundo os autores do catecismo comunista, o lúmpen “pode, aqui e ali, ser arrastado ao movimento por uma revolução proletária”. Todavia, “as condições de existência o predispõem bem mais a se deixar corromper por tramas reacionárias”. Em língua portuguesa, lumpemproletariado é o nome da “canalha”, coletivo constituído pelo submundo destituído de consciência cívica, de princípios éticos, e descomprometido com os objetivos da nação. É no lumpemproletariado, isto é, na canalha, que corruptos de todas as cores e matizes arrebanham votos por ocasião das eleições, mediante compra, troca ou meras promessas de recompensa.

Uma inflação maior do que a inicialmente prevista elevou o valor nominal do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e deverá fazer o mesmo este ano. Como a meta fiscal do setor público para 2011 foi fixada, pela primeira vez, em valor nominal, ela vai "encolher" em proporção do PIB. A projeção que já circula na área técnica indica que o superávit primário deverá ficar agora em 2,9% do PIB. O Banco Central (BC) e o Tesouro Nacional trabalham com uma estimativa para o PIB em 2010 de R$ 3,657 trilhões. Se a esse valor forem acrescidas as previsões do mercado para o crescimento da economia (de 4,6%) e para a inflação (5,64% para o IPCA e 5,96% para o IGP-DI), expressas no Boletim Focus do final do mês passado, o PIB deste ano atingirá R$ 4,045 trilhões. No cálculo da estimativa do deflator do PIB, usou-se 70% do IPCA e 30% do IGP-DI, como fazem o BC e o Tesouro.

Além-mar (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Dinheiro de volta (Jornal de Brasília - Do Alto da Torre)
Enfim chegou a hora das commodities (Valor Econômico - De Olho na Bolsa)
Funasa (O Globo - Panorama Político)
Indústria fraca ajusta para baixo os juros (Valor Econômico - Por dentro do mercado)
Mais devagar (O Estado de S. Paulo - Celso Ming)
Maracanã demolido (Correio Braziliense - Brasília-DF)
Maria Angélica e as leis (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)
Mera constatação (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Ministro do esporte está na marca do pênalti (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Só cortar renda não resolve (O Estado de S. Paulo)
Uma arquitetura boa (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
Vivendo em negação (Valor Econômico)

ECONOMIA

Alimentos têm alta de 4% (Correio Braziliense)

Os preços dos produtos agrícolas e minerais com cotação internacional dispararam, segundo o Banco Central, tornando-se uma ameaça concreta para o controle da inflação. Em 12 meses, o indicador Commodity Research Bureau (CRB), mais usado pelo mercado financeiro, acumula alta de 17,92%. O Índice de Commodities do BC registrou elevação ainda mais expressiva, de 33,55% no período. A fatura de toda essa elevação de preços dos produtos internacionais está batendo diretamente no bolso do consumidor. Apenas em janeiro, pelas contas do BC, o aumento foi de 4%. Na avaliação de especialistas, problemas climáticos e o consumo exagerado desses produtos por países emergentes estão puxando a escalada. De acordo com um técnico do Banco Central, a instituição está atenta. “Sem dúvida é muito preocupante do ponto de vista da inflação, por isso, essa situação está sendo monitorada de perto, com bastante atenção”, disse. “O cenário internacional é de forte procura por commodities e a China está pressionando bastante esse movimento”, avaliou Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). A tendência, segundo Garcia, é de que essa elevação dos preços perdure pelo menos durante todo o primeiro semestre do ano e somente a partir do segundo o ritmo desacelere.

Apple quer imposto menor (Correio Braziliense)
Banco Central eleva compra de dólar (O Globo)
Barração na Espanha retoma o pesadelo (Correio Braziliense)
BC deve indicar quatro diretores para sabatina (Valor Econômico)
Bolsa cai 1,99% e dólar avança 0,35% (O Globo)
Bom atendimento garante a compra (Correio Braziliense)
Brasil tem enxurrada de dólares em janeiro (Valor Econômico)
Caso PanAmericano levanta dúvidas sobre papel do FGC (Valor Econômico)
Crescimento da demanda é atendido por importações (O Estado de S. Paulo)
CVM investiga as ações do PanAmericano (O Globo)
CVM investiga irregularidades (Correio Braziliense)
CVM investiga oscilações nos papéis do banco (O Estado de S. Paulo)
Câmbio apreciado veio para ficar (Valor Econômico)
Depois de recordes, o freio de mão (Correio Braziliense)
Eletronuclear quer debate sobre urânio (Valor Econômico)
Empresa no Refis derruba exigência do Fisco (Valor Econômico)
Engenheiros serão mapeados (Correio Braziliense)
Entrada de dólares dispara em janeiro (O Estado de S. Paulo)
Esquenta negociação para leilão do trem-bala (O Estado de S. Paulo)
Expansão via classe C (O Globo)
Fraqueza da indústria e Mantega selam ideia de alta gradual da Selic (O Estado de S. Paulo)
Geithner vem ao Brasil preparar visita de Obama (O Estado de S. Paulo)
Governo estuda injetar mais recursos na Caixa (O Globo)
Imposto pode subir (Correio Braziliense)
Indústria cai e mercado revê previsões (O Estado de S. Paulo)
Indústria cresce 10,5% em 2010, mas queda em dezembro decepciona (O Globo)
Indústria tem maior alta em 24 anos (O Estado de S. Paulo)
Inflação vai a 1,15% em SP, mas deve cair (O Estado de S. Paulo)
Investimento em Santos soma US$ 6 bi (Valor Econômico)
Mais dinheiro para a casa própria (Correio Braziliense)
Mantega promete a empresários qualificar mão de obra (O Globo)
Mantega prorroga estímulo (Correio Braziliense)
Para juiz, investigação dupla do caso pode dar margem a violações (O Estado de S. Paulo)
Perda do Panamericano é de R$ 4,3 bi (O Estado de S. Paulo)
Petrobras desiste de comprar fatia da Galp (Valor Econômico)
Petrobrás desiste de fatia da Eni na Galp (O Estado de S. Paulo)
PNBL anima pequenos provedores (Valor Econômico)
Portos antigos terão licença ambiental (Valor Econômico)
preço das commodities sobe 4,05% em janeiro (O Estado de S. Paulo)
Problemas ambientais vão adiar para 2012 a plena produção da CSA (Valor Econômico)
Programa de incentivo é estendido (O Globo)
Sai caro deter a valorização do real (Valor Econômico)
Sobe valor para financiar o Minha Casa (O Estado de S. Paulo)
Subsídio a compra de máquinas é prorrogado (O Estado de S. Paulo)



POLÍTICA

'Não temos lições de transparências a receber' (O Globo)

Ignorando o escândalo que atingiu o Senado há dois anos, inclusive em sua gestão, quando se descobriu que a Casa havia editado mais de mil atos administrativos secretos para acobertar nomeações de parentes de parlamentares e funcionários da instituição, o presidente José Sarney (PMDB-AP) disse que o Congresso Nacional não precisa de lições de transparência. No discurso de abertura da sessão legislativa, Sarney também elogiou o gesto da presidente Dilma Rousseff de entregar pessoalmente sua mensagem ao Legislativo. Considerado um dos principais aliados do governo no Parlamento, Sarney repetiu o discurso contra o excesso de medidas provisórias editadas pelo Executivo, o que, na sua avaliação, representa uma "armadilha" que pertuba o funcionamento das instituições. - Volto a repetir aqui que o nosso trabalho exige a sedimentação de uma profunda consciência moral de nossas responsabilidades e a obstinada decisão que devemos ter cada um de não cometer erros, de jamais aceitar qualquer arranhão nos procedimentos éticos que vêm nortear a nossa conduta. Enquanto nos outros Poderes as decisões são objeto de uma transparência relativa, nossos trabalhos sempre se realizam em público, à luz do exame e do escrutínio do eleitor. Não temos lições de transparências a receber, mas podemos e devemos agir para que desapareçam quaisquer sombras que porventura levem a desconfianças com o Parlamento - disparou Sarney.

Após reunião com sindicalistas,Mantega acena com ajuste no IR (O Estado de S. Paulo)
Corregedor da Câmara foi escudeiro de Severino (O Estado de S. Paulo)
Curtas (Valor Econômico)
Deputado Dudu da Fonte, herdeiro de Severino, corregedor (O Globo)
Deputados de MT tentam garantir pensão vitalícia (O Estado de S. Paulo)
Dilma defende aumento de mínimo, mas a longo prazo (O Globo)
Dilma defende reformas política e tributária (Valor Econômico)
Dilma prega estabilidade das regras do mínimo (O Estado de S. Paulo)
Dilma rejeita Cunha e irrita PMDB do Rio (O Globo)
Discípulo de Severino é o novo xerife da Câmara (O Globo)
Eleito, Maia já engrossa a pressão pela liberação (O Estado de S. Paulo)
Eleição da Mesa expõe estilo de negociação (Valor Econômico)
Eles ficam mais um pouquinho (Correio Braziliense)
Empresas podem ter 'alívio' de 50 bi (O Globo)
Entre as metas, um atlas sobre direitos humanos (O Globo)
Envolvidos em escândalos são favoritos para CCJ (O Estado de S. Paulo)
Faixa-preta de jiu-jítsu, foi 1º lugar em concursos (O Estado de S. Paulo)
Fux é indicado para o STF (Correio Braziliense)
Henrique Fontana recusa pedido para ocupar secretaria-geral do PT (Valor Econômico)
Indicado ao STF pode esvaziar Ficha Limpa (O Estado de S. Paulo)
Mabel em crise com o PR (O Globo)
Maia critica tratamento dado a emendas parlamentares (Valor Econômico)
Maior bancada da Câmara, PT disputa comissões internamente (Valor Econômico)
Medida de Cunha favoreceu empresa (O Globo)
Mesa sem suplentes (Correio Braziliense)
No 1º dia, Marco Maia faz propostas corporativistas (O Globo)
No Congresso, Dilma prega reforma política (O Estado de S. Paulo)
No Paraná, Assembleia põe PM na segurança e demite comissionados (O Estado de S. Paulo)
Novo ministro do STF, Fux define Ficha Limpa (O Estado de S. Paulo)
Para manter controle sobre Furnas, PMDB cede direção (Valor Econômico)
Para oposição, Dilma fez discurso genérico; aliados elogiam diálogo (O Globo)
Paulinho: Mantega aceitará correção da tabela do IR (O Globo)
PM ocupa Assembleia Legislativa do Paraná (Valor Econômico)
Posse conquistada. Só faltou o primeiro ato (Correio Braziliense)
PR recua e admite permanência de Mabel na sigla (O Estado de S. Paulo)
PSB defende alianças regionais com PSDB e coalizão nacional com Dilma (Valor Econômico)
Sindicatos pressionam por reajuste imediato (Correio Braziliense)
Sob pressão, governo e centrais reveem posições sobre salário e IR (O Estado de S. Paulo)
Somado, patrimônio dos 567 deputados que tomaram posse chega a R$1,6 bi (O Globo)
TCU encontra remédios superfaturados no DF (O Globo)
TJ condena aliado de Alckmin por contratações (O Estado de S. Paulo)
Veio o toque de enxugar

(Correio Braziliense)

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