O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (5), mostrou preocupação com a crise econômica e financeira enfrentada pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O parlamentar lembrou que a estatal tem uma grande dívida, calculada em R5 1,5 bilhão, principalmente com a Eletronorte.- A CEA deixou de pagar seu fornecimento de energia elétrica desde o ano de 2006 e só retornou a honrar esses pagamentos há poucos meses – disse.
Randolfe Rodrigues lembrou que é histórico o problema da distribuição de eletricidade no Amapá, que ainda não tem sua rede interligada com o resto do país e segue dependendo de usinas térmicas. Com a futura ligação do Amapá com o linhão de transmissão de Tucuruí e a construção de várias hidrelétricas, o senador acredita que o estado pode se tornar um “gigante com pés de barro”.
- Embora nós possamos dar um salto para sermos um exportador de energia elétrica, nós poderemos não ter energia elétrica para distribuir para o nosso povo, devido à situação a que foi levada nossa Companhia de Eletricidade do Amapá por sucessivas gestões temerárias – disse.
Randolfe Rodrigues considera que o processo de caducidade da concessão da CEA, atualmente em exame na Aneel, causará grande dano ao povo do Amapá, que terá que pagar tarifas elevadas sob um operador privado. Na opinião do senador, que defendeu a federalização da CEA “dialogada com o estado”, os problemas da empresa devem ser tratados com generosidade pelo governo federal.
Itamar
Randolfe Rodrigues fez uma homenagem ao senador Itamar Franco, falecido em 2 de julho, ressaltando sua história de resistência à ditadura e sua serenidade diante das crises. Para Randolfe, o Senado sentirá falta da energia de Itamar e a melhor homenagem que a Casa pode fazer à sua memória é mudar o rito das medidas provisórias.
Agência Senado
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