Seminário apontou vantagens e desvantagens dessa relação fronteiriça
Ocorreu na manhã desta sexta-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá o seminário Ponte Binacional – Brasil / França: relações fronteiriças. O evento foi organizado pela coordenadora da Bancada Federal, deputada Dalva Figueiredo (PT), titular da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, com apoio do Poder Legislativo estadual. O encontro mobilizou liderança políticas, comunitárias e acadêmicas. Dalva destacou a expectativa que o povo do Amapá tem em ver essa potencialidade transformada em cenário de riqueza. “A integração não pode ser restrita apenas à parte física da obra, mas engloba ações de ordem cultural, étnica, tecnológicas, econômica e social, além do intercambio acadêmico de cooperação”, disse. Para o professor da Universidade de São Paulo, representante da Embaixada Brasil – França, Hervé Théry o seminário potencializou o conhecimento das implicações que a inauguração da ponte pode trazer. “No começo era tudo festa. Agora começamos a perceber que essa integração também cria entraves e que precisam ser enfrentados e resolvidos”, comentou. Para ele, é fundamental que o Brasil veja a fronteira Oiapoque – Saint Georges cada vez mais ativa. “A chegada da ponte, bem como da estrada abre a possibilidade de contatos maiores, exploração econômica e melhores relações, desde que sejam tratados os problemas que chegam juntos, como contrabando e crimes típicos da área”, acredita.
No painel sobre os reflexos da política de estado na faixa de fronteira internacional, a professora Eliane Superti, doutora em Ciências Sociais, chamou atenção para ausência de participação popular na definição das ações consideradas estratégicas para a região. “Isso já aconteceu em Oiapoque. A ponte e as discussões sobre a implantação de políticas públicas naquela cidade aconteceram sem que a população pudesse participar. A expectativa é de que a inauguração simbolize esse momento de cooperação, mas ainda precisamos avançar muito”. Michele Moraes, diretora do Departamento de Relações Internacionais da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República fez um grave alerta. “Em Oiapoque existem 10 mil pessoas sem registro civil. O isolamento geográfico facilita o tráfico de drogas, mulheres e a exploração infantil. O entendimento diplomático é fundamental para atuação conjunta em defesa dos direitos humanos”, explicou. Após três painéis, que abordaram a complexidade dos desafios lançados, sobretudo, aos agentes políticos amapaenses, Dalva encerrou o seminário anunciando que o próximo passo será a realização de uma audiência pública, em Brasília, com data a ser definida. “Devemos intensificar a mobilização e demonstrar capacidade de união em torno desse tema, fundamental para o crescimento do Amapá”, finalizou.
ASCOM/ dep. Dalva Figueiredo
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