A poucas horas do início da reunião entre as lideranças do Congresso para definição da distribuição dos royalties do petróleo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reconheceu não haver tempo hábil até esta quarta-feira (5) para a votação do PLS 448/11, do senador Wellington Dias (PT-PI), quer trata sobre o assunto.
A falta de consenso e as três medidas provisórias que trancam a pauta do Plenário dificultam a votação do projeto, que serve de base para as reivindicações dos estados não produtores.
- Hoje e quarta não dá para votar. Até porque os relatórios das medidas provisórias nem foram entregues. Na reunião de 14h30 com os presidentes Sarney [Senado] e Marco Maia [Câmara] é que teremos definições sobre prazos - disse.
O líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou que o partido não se opõe a um adiamento da votação do seu projeto e também do veto à Emenda Ibsen , "para que finalmente possa haver um acordo".
- A situação virou um cabo de guerra político, portanto, creio de dificilmente haverá unanimidade - opinou.
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) lembrou que a reunião com os presidentes da Câmara e do Senado vai tratar apenas do adiamento da votação do PLS 448/11 e da Emenda Ibsen, sem entrar no mérito das propostas que estão à mesa de negociação.
- Nem os estados não produtores têm interesse em derrubar o veto porque eles sabem que tal decisão não resistiria ao STF - disse.
Na segunda-feira (3), o presidente José Sarney havia dito que caberia aos líderes partidários, e não a ele sozinho, tomar uma decisão a respeito do adiamento ou não da análise do veto, prevista para quarta-feira (5).
Anderson Vieira / Agência Senado
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