quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mulheres negras são as grandes vítimas da falta do trabalho decente, diz OIT

A diretora da Organização Internacional do Trabalho, Laisa Abramo, explicou ontem (18) às mulheres da Bancada Feminina na Camara Federal, sobre o trabalho decente e o impacto para as mulheres. Segundo a diretora, a falta do trabalho decente atinge diretamente as mulheres, os negros e os indígenas. “O trabalho decente não é apenas o combate as formas antítese, como trabalho escravo e infantil, passa pela questão da geração de emprego, proteção social, a garantia dos direitos e dialogo social”‘ explicou.
Apesar das mulheres e os negros concentrarem 72% da população economicamente ativa, cerca de 49% das mulheres estão na informalidade. “Quando juntamos esses dois fatores, ou seja, mulheres negras, esse número sobe para 57,5% estão no mercado informal, sem garantia de direitos básicos, como licença-maternidade”.
Os jovens também sofrem com a falta do trabalho decente. Uma de cada tres jovens negras, de 15 a 24 anos, não estudam e nem estão no mercado de trabalho. A diretora da OIT explicou que essas meninas, muitas delas já mães   , são impossibilitadas de ingressar no mercado por falta de políticas que as assistam, como creche. “Eu falo que elas não estão no mercado de trabalho porque elas trabalham sim, muitas são responsáveis por seus lares”.
A deputada Fátima Pelaes (PMDB -AP), presidente do PMDB Mulher, ressalta a importância de cobrar do governo políticas publicas que garantam a equidade de gênero. “Precisamos acabar com esse abismo entre homens e mulheres. Não podemos adimitir que no nosso país ainda tenhamos um retrato tão desigual, como o número de meninas que não tem oportunidade de estudar ou ingressar no mercado de trabalho”.

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