Informalidade,
funcionalismo público e falta de trabalhadores qualificados explicam os dados
da Rais
Por
Taís Laporta - iG São Paulo |
Dono
de apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o Amapá surpreende
quando se fala da renda de seus trabalhadores. Tem a terceira melhor média
salarial do Brasil – de R$ 2.612,98 –, à frente inclusive de São Paulo, o
Estado mais próspero do País e detentor de 32,6% de toda a riqueza nacional. Atrás
apenas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, o ganho médio do assalariado
amapaense foi R$ 63 maior que o do paulista em 2013, segundo dados da Rais
(Relação Anual de Informações Sociais) divulgados pelo Governo Federal (veja os
10 Estados mais bem posicionados abaixo). A pergunta que passou pela sua
cabeça: o que explica uma posição tão privilegiada para uma economia tão pouco
representativa? Por que a renda média amapaense está entre as mais altas do
País, se seu PIB não ultrapassa 4,5% de toda a economia da região Norte? Para o
diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, diferentes razões explicam o
ranking, a começar por possíveis distorções em seu resultado. O último
levantamento do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgado
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2012 mostra que
a taxa de informalidade entre pessoas com mais de 16 anos no Norte do País
chega a 63%, enquanto que no Sudeste ela representa quase metade deste
percentual (33,9%). “Essa taxa de informalidade que a Rais deixa de captar pode
alterar os dados reais da remuneração do trabalhador”, comenta o professor de
economia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Mauro Thury. Outra
possível explicação é o peso do funcionalismo público no Amapá. Quase metade
(48,7%) do PIB estadual é representada pela administração pública, a principal atividade
econômica do Estado, segundo o IBGE. O comércio vem em seguida, com
participação de 13,6%. (...)
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