O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) anunciou que, na companhia de Cristovam Buarque (PDT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), se reunirá com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quarta-feira (10), para cobrarem um cronograma em relação à delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele quer saber quando os detalhes revelados por Costa poderão ser divulgados à sociedade.
- É necessário irmos até o procurador-geral da República e sabermos em quanto tempo se espera virem de Curitiba os passos da delação premiada. Se há, de fato, pessoas com foro privilegiado, em quanto tempo terá a devida denúncia chegado ao Supremo Tribunal Federal e quando isso será de conhecimento de toda a sociedade brasileira – explicou.
Para Randolfe, a Petrobras se transformou, no governo do PT, em caso de polícia. Ele ressaltou que o escândalo revelado por Paulo Roberto Costa, envolvendo propinas em contratos com fornecedores da estatal, não pode ficar para ser resolvido somente após as eleições.
- Um escândalo dessa natureza não pode passar em brancas nuvens,é fundamental se saber o quanto antes a verdade sobre esses fatos, para que os nomes que surgiram dessa delação possam inclusive se defender – disse.
Em aparte, Cristovam destacou que as eleições de 5 de outubro não podem ser realizada sem que as denúncias de Paulo Roberto Costa sejam comprovadas ou desmentidas. Para ele, a falta de conhecimento pleno do processo pela sociedade deixa a eleição sob suspeição.
- A gente vai votar em pessoas que estão envolvidas, pelo menos pelo que se fala, em medidas de enriquecimento ilícito de bilhões de reais, de compra de parlamentares e, finalmente, da depredação de uma grande empresa nossa – ressaltou.
Ao sair do Plenário, Randolfe destacou que o fato de vários membros do Congresso terem sido citados nos depoimentos de Paulo Roberto aumenta a necessidade de os parlamentares acompanharem o andamento das investigações.
- Entendemos a necessidade do sigilo, mas, se as informações dão conta de que há membros do Congresso Nacional envolvidos, é nosso dever, também como membros, acompanhar até onde vão as investigações e pedir para que a Casa responsabilize esses membros – disse.
Agência Senado
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