

"O Presidente Sarney sintetiza a lealdade; foi um estadista e absolutamente leal a todos os compromissos assumidos por Tancredo", destaca Aécio Neves
Ao afirmar que Sarney "sintetiza a lealdade e que foi um estadista absolutamente leal a todos os compromissos assumidos por Tancredo", o governador Aécio Neves se referia ao papel de Sarney no difícil processo de transição democrática. Como lembrou o governador mineiro, enfrentando revanchismos e administrando a frustração da população com a morte de Tancredo, Sarney conseguiu fazer cumprir o que tinha sido programado pelo político mineiro. Assumiu a presidência do país, recebendo uma herança pesada: 100 bilhões de dólares de dívida externa e 230% de inflação, justamente num ambiente político ansioso por reformas, com a opinião pública e a mídia iludidos de que apenas um governo poderia resolver, como por encanto, mazelas que obviamente demandariam décadas, num esforço de toda a Nação. Sarney teve que enfrentar uma grave crise política e problemas econômicos estruturais graves, inicialmente sem qualquer respaldo popular ou por parte de partidos políticos. Mas, como lembrou Aécio Neves, ele não se acomodou. Tomou as decisões corretas que eram factíveis naquele momento, excluindo sempre, como queria Tancredo, o caminho ortodoxo que sacrificaria, mais uma vez, os setores mais humildes e carentes de proteção social.
Teve a coragem de convocar a Constituinte, de acabar com o entulho autoritário, legalizar os partidos clandestinos, acabar com a censura. Por outro lado, quebrando o obscurantismo do regime anterior, buscou na transparência a principal característica administrativa de seu governo. Assim, quanto às finanças, por exemplo, a Nova República surpreendeu. Elaborou programa de redução das despesas e revisão dos gastos públicos, deu sistematização e transparência ao processo orçamentário (unificando o Orçamento e criando o SIAFI – Sistema de Acompanhamento Financeiro), saneou o Banco do Brasil e o Banco Central, mas sem se submeter aos ditames do FMI e sempre valorizando os funcionários públicos. Neste cenário, Sarney acabou com a Conta-Movimento do Banco do Brasil, já em 1986, quando criou a Secretaria do Tesouro. A Conta-Movimento era o instrumento mais importante e mais desagregador da política brasileira antes da "Nova República". O Banco do Brasil tinha uma carteira que administrava recursos resultantes de emissões aleatórias de papel-moeda e que se destinavam a socorrer empresas de amigos do governo. Era a "maquininha mágica de fazer dinheiro", um dos fatores mais importantes que pesava sobre a inflação e que tornavam privados os recursos que deveriam ser públicos. Pois foi Sarney o primeiro presidente que teve coragem de tomar a decisão de acabar com esta aberração de fazer dinheiro e inflação, criando a Secretaria do Tesouro.
Ao afirmar que Sarney "sintetiza a lealdade e que foi um estadista absolutamente leal a todos os compromissos assumidos por Tancredo", o governador Aécio Neves se referia ao papel de Sarney no difícil processo de transição democrática. Como lembrou o governador mineiro, enfrentando revanchismos e administrando a frustração da população com a morte de Tancredo, Sarney conseguiu fazer cumprir o que tinha sido programado pelo político mineiro. Assumiu a presidência do país, recebendo uma herança pesada: 100 bilhões de dólares de dívida externa e 230% de inflação, justamente num ambiente político ansioso por reformas, com a opinião pública e a mídia iludidos de que apenas um governo poderia resolver, como por encanto, mazelas que obviamente demandariam décadas, num esforço de toda a Nação. Sarney teve que enfrentar uma grave crise política e problemas econômicos estruturais graves, inicialmente sem qualquer respaldo popular ou por parte de partidos políticos. Mas, como lembrou Aécio Neves, ele não se acomodou. Tomou as decisões corretas que eram factíveis naquele momento, excluindo sempre, como queria Tancredo, o caminho ortodoxo que sacrificaria, mais uma vez, os setores mais humildes e carentes de proteção social.

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