
CEA permanece como patrimônio dos amapaenses
Brasília (Da Sucursal) – Durante audiência pública conjunta realizada na terça-feira, 1º, das Comissões de Minas e Energia e da Amazônia, da Câmara dos Deputados, o chefe de gabinete das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), Sinval Gama, garantiu que o governo não discute a fusão das empresas federalizadas de energia do Norte e Nordeste. Ele assegurou também que não vai haver privatizações. “Esta é uma decisão tomada pelos acionistas”, comentou. Ao solicitar a participação da CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) no evento, a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), uma das mais aguerridas defensoras da manutenção do atual status, demonstrou muita preocupação com a notícia veiculada na mídia nacional sobre essa possibilidade: “O governo precisa definir onde a estatal será encaixada nesse processo. É muito importante definir qual tratamento será dado a CEA nesse processo, pois devemos ver com clareza a participação da empresa nesse novo formato do setor elétrico”, afirmou. Depois da audiência, a parlamentar exultou: “A manutenção da CEA como patrimônio do povo amapaense tem sido muito árdua, mas todas as tentativas feitas em contrário estão sendo execradas, graças à atuação forte da nossa bancada que não tem deixado a peteca cair”. O presidente da CEA, Josimar Peixoto, que teve atuação destacada na audiência pública, comemorou o resultado: “Agora é insistirmos, através do governador Waldez Góes e da bancada federal, para que as pendências financeiras da Companhia sejam finalmente resolvidas”. Sobre a posição oficial do governo federal, ele foi lacônico: “A fusão seria desastrosa e a fede-ralização seria ainda pior, porque fatalmente resultaria na sua imediata privatização. Temos agora que continuar lutando para resolver a questão financeira, que sem nenhuma dúvida tem sido um entrave para a melhoria dos serviços oferecidos aos consumidores”, esclareceu.
Estatal histórica: – Segundo o secretário de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Econômico do Amapá, Odival Monterrozo, a CEA é uma empresa estatal histórica e importante para o Estado. “Precisamos agora direcionar o futuro da Companhia, e dependemos de solução imediata, vinda de Brasília. O governador e a bancada federal já fizeram a sua parte, apresentando propostas convincentes à Eletrobrás e ao Ministério das Minas e Energia. E todos são conscientes das nossas peculiaridades, pois não podemos ter os mesmos marcos regulatórios das empresas de outras regiões do País, em função de nossas dificuldades de acesso e ocupação rarefeita”, ponderou.

Para maiores informações, clique em Janete Capiberibe (PSB) e Dalva Figueiredo (PT)
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