Em Macapá, ministro vai visitar comunidade quilombola do Curiaú
A convite do deputado federal Evandro Milhomem (PC do B-AP), o ministro Gilberto Gil e comitiva desembarcam em Macapá no início da tarde de segunda-feira (28). Às 14h, chegam à Comunidade de Remanescentes do Quilombo de Curiaú. Localizada no norte do Estado, a oito quilômetros da capital, a comunidade de Curiaú foi o primeiro grupo social quilombola registrado no Amapá. Hoje, com quatro mil habitantes, a comunidade do Curiaú tem, entre suas manifestações culturais de maior expressão, o "Marabaixo" e o "Batuque", danças de origem africana, e o culto da "ladainha", geralmente praticado nas comemorações de cunho religioso, como a Festa de São Joaquim, realizada no mês de agosto. Será a primeira vez que um ministro de Estado da Cultura vai a uma comunidade quilombola. O motivo da visita é conhecer a realidade e as necessidades dos remanescentes do quilombo de Curiaú para subsidiar as políticas desenvolvidas pelo MinC, por meio da Fundação Cultural Palmares, criada por José Sarney durante a sua Presidência, para a proteção e valorização da cultura afro-brasileira. Em seguida, o ministro Gilberto Gil vai para o Conselho das Associações de Moradores das Comunidades Afro-descendentes do Estado do Amapá (Av. Nações Unidas, nº 579, bairro Lagoinha), onde concederá, às 16h, entrevista coletiva à imprensa. Às 16h30, irá se reunir com os conselheiros e lideranças quilombolas. Há cinco anos, o Conselho atua em 32 comunidades quilombolas, com ações de apoio para o fomento de projetos de geração de renda e para demarcação e regularização de terras de comunidades remanescentes de quilombos no Estado. Desde 2003, quando foi publicado o decreto que regulamenta o processo de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes de quilombos (Decreto 4.887/03), a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, emitiu onze certidões de reconhecimento desses grupos sociais no Amapá. Ao todo, no Brasil, foram reconhecidas cerca de 1200 comunidades quilombolas. Na região Norte, foram 116.
Esta matéria está no Diário do Amapá
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