O deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB) disse ontem, no rádio, que a cultura amapaense pode enveredar por um caminho muito perigoso se vier a ser transformado em lei o projeto do Executivo que altera o critério de escolha dos integrantes do Conselho Estadual de Cultura. O projeto se encontra na pauta do plenário da Assembléia Legislativa, mas em função da polêmica que suscitou, a votação vem sendo protelada, dia a dia, com sucessivas faltas de quorum. Ontem, representantes dos vários segmentos da cultura local ocuparam a dependência da Assembléia legislativa destinada apenas aos parlamentares. A classe, na verdade, vem ocupando espaços da Casa de Leis desde que o projeto passou pela comissão especial que o analisou e foi levado para votação plenária. Assinado pelo governador Camilo Capiberibe, o projeto em questão estabelece que o Conselho de Cultura passa a ser integrado por 50% dos membros indicados pelo próprio chefe do Executivo e que os outros membros podem ser desligados do colegiado por iniciativa unilateral do governante amapaense ou por decisão própria. No rádio, o deputado Evandro Milhomen alertou os deputados estaduais sobre o perigo de se aprovar o projeto, pois acabará sendo um atentado à democracia que na cultura encontra um dos seus melhores meios de chegar à massa da população. O parlamentar usou o rádio, ontem de manhã, a princípio para dá informações sobre a movimentação que o PCdoB vem realizando para promover novas filiações, e ao mesmo se articular para as eleições municipais do próximo ano. Evandro Milhomen, aliás, já foi lançado pelo PCdoB pré-candidato a prefeito de Macapá. Com ele, até agora, também já foi lançada a pré-candidatura do atual gestor Roberto Góes, para tentar a reeleição pelo PDT.
Douglas Lima - Diário do Amapá
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