Oposição quer ouvir no Senado o ministro da
Justiça, o advogado-geral da União e a principal envolvida na Operação Porto
Seguro, da PF – Rosemary Nóvoa Noronha
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
encabeça a lista de possíveis convocados pelo Senado para prestar
esclarecimentos sobre o esquema de uma organização criminosa infiltrada em
órgãos públicos revelado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Também
fazem parte da relação de eventuais convocados o advogado-geral da União, Luís
Inácio Adams, e a ex-chefe de Gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary
Nóvoa Noronha, demitida no sábado (24) por ordem da presidente Dilma Rousseff. O
senador Pedro Simon (PMDB-RS) decidiu protocolar hoje, na Comissão de
Constituição e Justiça, pedido para convocar Cardozo. Simon argumenta que o
ministro deve detalhar a operação da PF e explicar medidas do governo na área.
“O ministro, aliás, deveria se oferecer para falar”, ressaltou. A assessoria do
Ministério da Justiça destacou que Cardozo só irá ao Congresso se for
convocado. Já o senador Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP) vai pedir à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para ouvir
Rosemary e Adams. Rodrigues diz que a convocação de Rosemary é o primeiro passo
para o Senado entender a dimensão do caso envolvendo a Presidência da
República. Ele argumenta que o advogado-geral deve esclarecer sobre a atuação
no esquema do advogado da AGU José Weber Holanda Alves, “auxiliar direto” de
Adams. O senador também pedirá à PF cópia dos autos do inquérito que não estão
em segredo.
Simon avalia que o escândalo no escritório da Presidência em São Paulo é “grave demais” pois ocorreu na “alma do governo”. Ele diz, no entanto, que o Congresso não tem condições no momento de propor uma CPI para investigar o caso. “Seria muita coragem e cara de pau (do Congresso) pedir CPI depois do vexame da comissão do Cachoeira”, disse, referindo-se ao relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI criada para investigar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, que pediu o indiciamento de adversários do governo e deixou de fora aliados envolvidos com o bicheiro. “E depois, nesse caso do Gabinete da Presidência em São Paulo, o governo já tomou medidas a médio prazo, como a demissão de pessoas indiciadas. Vamos deixá-lo agir.” Simon defende o fechamento do escritório da Presidência em São Paulo. “O gabinete tem mais cheiro de lobby do que qualquer outra coisa. O espaço foi criado por comodismo do ex-presidente Lula, que morava e mora em São Paulo. Sob qualquer ângulo, é incompreensível o seu funcionamento”, diz.
Simon avalia que o escândalo no escritório da Presidência em São Paulo é “grave demais” pois ocorreu na “alma do governo”. Ele diz, no entanto, que o Congresso não tem condições no momento de propor uma CPI para investigar o caso. “Seria muita coragem e cara de pau (do Congresso) pedir CPI depois do vexame da comissão do Cachoeira”, disse, referindo-se ao relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI criada para investigar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, que pediu o indiciamento de adversários do governo e deixou de fora aliados envolvidos com o bicheiro. “E depois, nesse caso do Gabinete da Presidência em São Paulo, o governo já tomou medidas a médio prazo, como a demissão de pessoas indiciadas. Vamos deixá-lo agir.” Simon defende o fechamento do escritório da Presidência em São Paulo. “O gabinete tem mais cheiro de lobby do que qualquer outra coisa. O espaço foi criado por comodismo do ex-presidente Lula, que morava e mora em São Paulo. Sob qualquer ângulo, é incompreensível o seu funcionamento”, diz.
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