Representantes do 4^ Congresso Nacional do PSOL aprovaram na tarde de ontem o nome do senador Randolfe Rodrigues (AP) como pré-candidato do partido à presidência da República nas eleições de 2014. Randolfe venceu a principal concorrente, a ex-deputada Luciana Genro, em votação simbólica. Com 41 anos de idade, Randolfe pretende fazer da juventude um trunfo na busca por votos das multidões que saíram às ruas nas grandes manifestações de junho.
— Acredito que os reclames das manifestações surgiram de movimentos concretos pelos quais o partido (PSOL) vêm lutando: educação, saúde e transporte padrão Fifa. Investimentos que o país precisa e não tem — disse Randolfe.
O senador também diz que tentará se colocar à esquerda dos prováveis candidatos Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Segundo ele, os três estão comprometidos com um modelo tímido de desenvolvimento econômico e social. Numa crítica direta a petistas e tucanos, o senador diz que o país cresceu pouco nos últimos 20 anos e que pouco avançou em questões sociais. Como se não bastasse, Randolfe chama atenção para a queda dos juros, mas afirma que eles permanecem em patamares elevados.
— As três candidaturas apresentadas são candidaturas do modelo. Não rompem com o capital financeiro. Não representam ruptura com o agronegócio. Não propõem ao Brasil uma ruptura democrática com o modelo — diz o pré-candidato.
A partir de agora, o PSOL tentará buscar apoio do PSTU, do PCB e de movimentos sociais como o MST, áreas em que militantes do partido teriam maiores afinidades ideológicas. Segundo o deputado Chico Alencar (RI), a legenda usará a campanha para apresentar uma nova forma de fazer política, sem os vícios do caixa dois e sem os vínculos com as grandes corporações.
— A ideia é uma renovação radical na forma de fazer política a começar pela campanha, que não terá financiamento de grandes empresas e bancos. Será uma campanha cidadã — disse Alencar.
O diretório nacional do PSOL rejeitou a proposta de expulsão imediata do partido da deputada Janira Rocha (RJ), acusada de cobrar parte dos salários de funcionários de seu gabinete para financiar atividades políticas. Para a direção do PSOL, o caso da deputada deverá ser analisado primeiro pela comissão de ética do partido. Não há prazo para conclusão das investigações internas.
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