segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Camilo conquista aliado para construir porto no Amapá

“O meu sentimento é que cabe um porto importante no Amapá. Estadual ou federal, vamos examinar as condições. Precisamos construir um projeto”. A afirmação é do ministro da Secretaria Especial de Portos Pedro Brito em audiência ao governador eleito do Amapá Camilo Capiberibe. “Esse é o nosso desejo. O porto tem papel estratégico para o projeto de desenvolvimento do Amapá”, concordou Capiberibe, que reuniu-se com o ministro Brito na quarta, 25, em Brasília, para discutir condicionantes para a construção de um novo terminal portuário no município de Santana, na Ilha de Santana. A implantação no canal norte do Rio Amazonas, exatamente em frente ao atual porto de Santana, tem seus motivos. “Amapá tem condições bastante positivas para se ter um porto: calado, navegabilidade, é bem localizado e abrigado”, listou o ministro. “Deve ser uma estratégia mais ampla do que apenas atender ao estado do Amapá”, completou, mostrando conhecer a potencialidade local.
O Governo do Estado do Amapá vai contar com apoio da Secretaria Especial de Portos na contratação de uma empresa especializada em projetos portuários para elaborar um projeto adequado à realidade amapaense e ao modelo de desenvolvimento que se pretende. O porto servirá para transbordo de grãos e produtos integrado ao transporte fluvial por balsas no Rio Amazonas e à BR 163, que corta o Centro-Oeste e parte da região Norte escoando a produção de grãos até Santarém (PA). No entorno deverá ser reservado um espaço para a implantação de um distrito industrial. O investimento pode superar R$ 1 bilhão.
O governador eleito, a um bom tempo entusiasmado com a ideia de construir um novo terminal portuário para a região Norte no Amapá, convidou o ministro dos Portos para uma visita ao estado. A visita deverá acontecer em janeiro, logo após a posse de Capiberibe, para dar sequência ao debate entre as esferas estadual e federal. O ministro sinalizou que a construção do porto poderá ser incluída no PAC, do Governo Federal, cujas obras são prioritárias e não sofrem corte de recursos. O projeto elaborado pela Prefeitura de Santana será enviado para análise da Secretaria e servirá de ponto de partida para a discussão técnica. Camilo Capiberibe ressalva que a sociedade amapaense e a cadeia produtiva e econômica local e nacional serão chamadas para debater o projeto de desenvolvimento que se pretende para o Amapá a partir do potencial econômico resultante da integração da foz do Rio Amazonas na logística de transporte hidroviário, rodoviário e aéreo do país e do mundo.

Texto e foto: Sizan Luis Esberci

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