quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA

Proposta em estudo pela União reduz receita em R$ 93,5 bi até 2020. O governo federal está concluindo a elaboração de uma proposta para reduzir, gradualmente, o dinheiro que é repassado de royalties e participações especiais aos estados e municípios produtores de petróleo, principalmente o Rio de Janeiro, que é o maior produtor. Prejudicado pelo novo marco regulatório do pré-sal aprovado no Congresso este ano, o Rio teria direito a uma fórmula de transição em que a arrecadação com o petróleo seria reduzida gradualmente pelos próximos 10 anos. Ainda assim, a conta de especialistas mostra que a perda pode chegar a R$ 93,5 bilhões até 2020. (Págs. 1 e 23)

Presidente eleita atende a sugestão de Lula, que defendia manter titular da Fazenda, e cogita nomear mulher para Itamaraty. A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), decidiu convidar Guido Mantega a permanecer no Ministério da Fazenda em seu governo. O convite seria feito ontem a noite, em jantar entre os dois na Granja do Torto - casa de campo da Presidência, cedida a eleita na transição. Anteontem a noite, em reunião com Dilma no Alvorada, o presidente Lula voltou a defender que Mantega continue no cargo. Segundo a Folha apurou, Lula e Dilma discutiram uma lista de nomes que a presidente eleita quer convidar para montar o primeiro escalão. Dilma planeja anunciar sua equipe econômica na próxima semana.A eleita disse a interlocutores que gostaria de nomear uma mulher para o Itamaraty. A avaliação, porém, é que não há muitas opções para o posto hoje ocupado por Celso Amorim. (Págs. 1 e A4)

Em rápida reação, presidente adverte o PMDB e articula nos bastidores 'deserção' de PP e PR. Menos de cinco horas após o anúncio da criação de um blocão formado por 202 deputados de PMDB, PR, PP, PSC e PTB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a trabalhar para abortar o movimento de pressão sobre Dilma Rousseff liderado por peemedebistas. Ainda na noite de terça-feira, ele orientou a presidente eleita e o deputado Antonio Palocci a não cederem espaço no futuro governo ao bloco. Em entrevista coletiva ontem, Lula advertiu o PMDB: "Se as pessoas tentam de forma conturbada mexer na política pode não ser muito bom”. Logo depois, o PP procurou se esquivar de maiores compromissos com o bloco. "Não seremos massa de manobra de nenhum partido", disse o ex-líder Mário Negromonte. Já o presidente do PR, Alfredo Nascimento, ex-ministro de Lula, avisou a seus comandados que a legenda não fará nada em "desacordo com o governo". (Págs. 1 e Nacional A4)


Presidente pede a líderes aliados que só reajustem o salário mínimo. O presidente Lula pediu ontem aos líderes dos partidos aliados na Câmara e no Senado que não mexam no Orçamento para 2011 até o fim de governo. O pedido enterra as reivindicações de aumento do Judiciário (56%), que elevariam gastos na área para R$ 7 bilhões; do Ministério Público( mais R$ 800 milhões); e dos policiais (mais R$ 43 bilhões). E ajuste, só do salário mínimo. (Págs. 1 e Informe JB, 6)

Preso em Brasília desde a tarde de ontem, Leonardo Campos Alves detalhou como teria cometido o triplo homicídio na 113 Sul em agosto de 2009. O ex-porteiro revelou que tinha mágoa de José Guilherme Villela — ele o teria humilhado meses antes — mas pretendia apenas assaltar a casa do advogado.“O plano era não matar ninguém”. O assassino confesso disse que entrou no apartamento dos Villelas pela porta da cozinha, utilizou duas facas da própria casa para desferir 73 golpes nas vítimas e saiu de lá sem alterar a cena do crime. O caso que mobilizou três investigações distintas e já teve 10 pessoas presas e libertadas em seguida ainda apresenta muitos pontos obscuros.“O crime não está completamente esclarecido. Temos que confrontar todas as provas testemunhais e materiais”, afirmou o diretor da Polícia Civil, Pedro Cardoso.

Na sexta-feira, após apresentar os resultados do JBS, o próprio presidente do grupo, Joesley Batista, fez perguntas que não foram respondidas por nenhum dos 50 analistas presentes à conferência: por que não decola o valor de mercado da maior empresa de proteínas animais do mundo, com produção em quatro países e presença em todos os mercados globais? Por que esse valor continua girando em torno de seu patrimônio líquido? Responder a essas questões tornou-se o grande desafio da diretoria da multinacional brasileira. De fato, o valor de mercado da JBS encerrou setembro em R$ 471 milhões, abaixo do valor patrimonial de R$ 18,442 bilhões, segundo cálculos do Valor Data. Essa relação está muito longe da registrada no fim de março de 2007, logo após a abertura de capital do grupo, quando o valor de marcado atingiu R$ 6,460 bilhões, 363,4% superior ao patrimônio líquido. (Págs. 1 e D1)



Veja também

ARTIGOS

Conselhos (O Estado de S. Paulo)

No epílogo do governo Lula, o Executivo trabalha para rascunhar um marco regulatório para a comunicação social. A despeito da expressão um tanto afetada - "marco regulatório" parece nome de imperador romano, mas designa simplesmente um conjunto de regras para disciplinar o funcionamento de uma dada atividade -, estamos falando de uma necessidade real da democracia e do mercado brasileiros. A radiodifusão requer um marco regulatório eficaz. O exemplo vem das democracias que nos servem de referência: só com regulamentação e regulação é possível preservar a concorrência comercial saudável - inibindo monopólios e oligopólios - e estimular a diversidade, num modelo que, como preconiza a Constituição federal, combine os sistemas privado, público e estatal. Portanto, ainda que tardia, não é despropositada a intenção do governo de elaborar um projeto de lei para regulamentar a matéria. Já é tempo. Uma lei adequada e moderna impediria que igrejas assumissem o comando de emissoras (ou redes de emissoras), o que contraria o princípio do Estado laico: sendo um serviço público, a radiodifusão pode, sim, transmitir eventos de caráter religioso, mas não deve ser presidida por dogmas, seitas ou fundamentalismos. Ao mesmo tempo, bloquearia as brechas legais que hoje permitem a parlamentares e governantes administrar estações de rádio e TV - e lucrar com elas - e, finalmente, definiria o lugar e o caráter das emissoras públicas e estatais, que hoje se prestam às práticas mais disparatadas. A sociedade brasileira está atrasada nessa área, muito atrasada, e essas providências não podem mais ser proteladas.

COLUNAS

A carta de Paraty (O Globo - Ancelmo Gois)

A escolha do futuro ministro da Cultura faz a terra tremer no mundo das artes. Um grupo de intelectuais organiza um seminário, talvez em Paraty, meio caminho entre Rio e São Paulo, para defender que a cultura tenha papel relevante com Dilma. "O nome do ministro é secundário", argumenta Luiz Carlos Barreto. "Queremos discutir ideias." Golpe político Do deputado Paulo Delgado sobre esse superbloco criado pelo PMDB do vice Michel Temer para impor seu mando de campo: - O partido parece desejar implantar o "vice-presidencialismo" no Brasil. Como eu ia dizendo... O PMDB é outro que confirma a máxima do Barão de Itararé: "De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo."

A encrenca de uma coalizão muito ampla (Valor Econômico - Política)
Aliança sem pudor (Correio Braziliense - Brasil S.A)
Arrumação que não dá certo (Correio Braziliense - Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido)
As 18 demandas que aumentam despesas (Valor Econômico - Brasil)
Capital naval (O Globo - Negócios & CIA)
Crise lá. E sobra para nós (O Estado de S. Paulo - Alberto Tamer)
Diferenças emergentes (O Globo - Merval Pereira)
Escaramuça (Jornal de Brasília - Ponto do Servidor)
Fed ameaça demanda dos emergentes (Valor Econômico - Por dentro do mercado)
Lista tríplice para a Fazenda (Jornal de Brasília - Do Alto da Torre)
O céu é o limite (O Globo - Panorama Político)
Papel do BC (O Globo - Panorama Econômico)
Pererecas e tartarugas (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
PMDB já se contenta com 4 ou 5 ministérios (Jornal de Brasília - Cláudio Humberto)
Procurando a tônica (O Globo - Verissimo)
Troca de guarda (Correio Braziliense - Brasília-DF)
Vendemos comida. E daí? (O Globo)
É a volta da carestia? (O Estado de S. Paulo - Celso Ming)

ECONOMIA

''O importante é avaliar o resultado trimestral'' (O Estado de S. Paulo)

Para o economista Regis Bonelli, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio, a recuperação do IBC-Br em setembro não deve ser superestimada. Ele observa que mais importante é o resultado trimestral, que indica uma desaceleração do ritmo da recuperação econômica desde o início de 2010. Bonelli acha que o aumento bem mais rápido das importações, comparado às exportações, pode explicar a acomodação.

O que o sr. achou do IBC-Br de setembro?

Até melhorou um pouquinho, mas o importante é avaliar o resultado trimestral, de 0,35% (ante o mesmo trimestre de 2009). E, nesse caso, veio até um pouco abaixo do que eu esperava, baseado em indicadores relacionados ao consumo, como a Pesquisa Mensal do Comércio. De qualquer maneira, seja 0,35% ou 0,5%, mais próximo do que eu imaginava para o PIB trimestral, não há muita diferença.

Por quê?

O fato importante é que está se revelando uma desaceleração na margem muito forte do nível de atividade. Porque no primeiro trimestre cresceu 2,7%, no segundo cresceu 1,2%. Se agora cresce 0,4%, 0,5%, é desaceleração muito pronunciada. A mensagem principal é que está havendo crescimento a taxas decrescentes.

Analistas veem crescimento de até 1,6% no 4º trimestre (O Estado de S. Paulo)
Apetite por Brasil está longe de se tornar uma bolha (Valor Econômico)
Atuação do Brasil no Mercosul também é criticada (O Estado de S. Paulo)
Banco Central tenta preservar a reputação (Correio Braziliense)
Banco Panamericano não deve ser vendido no curto prazo (O Estado de S. Paulo)
Biopirataria: multas de R$112 milhões (O Globo)
Brasil deve virar maior exportador de frango (O Estado de S. Paulo)
Caixa não fez licitação (Correio Braziliense)
Chance de receber da Vasp (Correio Braziliense)
Conselho de Contabilidade vai investigar PanAmericano (Valor Econômico)
Consumo de combustível bate recorde no país (O Globo)
Crise europeia ajuda a segurar a alta do real (Valor Econômico)
Crise na UE ajuda a segurar câmbio (Valor Econômico)
DF aquém do esperado (Correio Braziliense)
Dilma acompanha detalhes do PAC na área de transportes. (O Dia)
Economia tem melhor resultado em 6 meses (O Estado de S. Paulo)
Eletrobrás vai ficar de fora do esforço fiscal para cumprir meta do superávit (O Estado de S. Paulo)
Em evento, estande do banco atrai solidariedade (Valor Econômico)
Espírito Santo perto do Rio em renda (O Globo)
Ex-diretor transferiu imóvel para seu nome (Valor Econômico)
Falhas de licença para Belo Monte serão corrigidas (O Globo)
Fundo apoia agricultura familiar no Mercosul (Valor Econômico)
Fundos já receberam R$ 10,47 bi este mês (Valor Econômico)
Gestor descarta bolha nas bolsas emergentes (Valor Econômico)
Indústria vê ameaça em avanço de importados (O Globo)
Lula ironiza empresários que pedem socorro (O Estado de S. Paulo)
Mantega descarta medidas para segurar dólar (Valor Econômico)
Mantega descarta mexer no câmbio já (O Estado de S. Paulo)
Mantega: dólar está equilibrado (O Globo)
Mercado cambial muda de mão e fluxo financeiro volta ao negativo (Valor Econômico)
O desafio da JBS no mercado (Valor Econômico)
O pior desempenho desde o pico da crise (Correio Braziliense)
Operações de microcrédito atingem R$ 8 bilhões (Valor Econômico)
Pane suspende negociação na Bolsa por 1h30m (O Globo)
Para frear produto chinês, Brasil quer alíquota maior para brinquedo (O Globo)
Petros: R$500 milhões para o pré-sal (O Globo)
Presidente da CNI critica investidor estrangeiro (O Estado de S. Paulo)
Pressão aliada por gastos e mais cargos (O Globo)
Reação mostra que há mudanças nos mercados (Valor Econômico)
Revisão da Anatel pode elevar tarifa (Correio Braziliense)
Sem Panamericano, Grupo SS teria prejuízo (O Estado de S. Paulo)
TCU determina que Petrobras retenha R$76 milhões de obras do Comperj (O Globo)
Um Brasil ainda muito desigual (Correio Braziliense)


POLÍTICA

A esquerda se mobiliza (Correio Braziliense)

Numa reação aos movimentos do PMDB, os partidos de esquerda, capitaneados por PSB e PDT, ensaiam a formação de um bloco para rivalizar com as intenções do líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN). Representantes de PSB, PDT, PCdoB, PV e PRB reuniram-se ontem num primeiro passo para se tornarem a segunda maior força da Câmara. Se a aliança sair, serão 100 deputados congregados num único grupo. Os partidos querem também incluir os quatro parlamentares eleitos do PMN e os 88 do PT para chegar a 192 congressistas e servir como contraponto ao centrão, composto por PMDB, PP, PRB, PTB e PSC, que reúne 202 parlamentares. A movimentação visa enfraquecer as articulações de Henrique Eduardo Alves e fortalecer essas legendas nas negociações sobre a composição da próxima Mesa Diretora da Câmara. “Sozinhos, esses partidos têm pouca influência. Juntos, somos uma força a ser respeitada”, afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). O líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF), anfitrião do encontro, disse que as conversas ainda são iniciais, mas afirmou que o grupo será uma força importante para servir como contraponto ao centrão. Nas contas do deputado do PSB, eleito senador, se a Presidência da Câmara for decidida pelos blocos, quem conseguir atrair os 11 deputados que completam os outros partidos aliados da Câmara sai na frente. O parlamentar do PDT afirmou que as conversas foram antecipadas por uma precipitação do PMDB. Para ele, é importante o PT aderir ao bloco de esquerda. “Vai ser uma briga boa”, previu Paulo Pereira da Silva.

Acidente aéreo: novas regras ao divulgar casos (O Globo)
Alckmin se inspira em Lula para criar conselho (O Estado de S. Paulo)
Aliados do bloco pemedebista recuam (Valor Econômico)
Ao velho estilo, a volta de Severino Cavalcanti (O Globo)
Aprovados benefícios a sedes da Copa e da Olimpíada (Valor Econômico)
Aumento neste ano (Correio Braziliense)
Aumento à vista para os parlamentares (O Globo)
Ação de promotores no mensalão do DEM foi ‘sórdida’, afirma denúncia (O Estado de S. Paulo)
Base aliada impede ida de Erenice ao Senado (O Globo)
Brasil tem 60 mil homicídios sem solução (O Globo)
CCJ aprova plebiscito por iniciativa popular (O Globo)
Começa hoje júri do primeiro acusado do caso Celso Daniel (O Estado de S. Paulo)
Câmara amplia MP 497 com artigo já vetado pelo governo (Valor Econômico)
Câmara discute capital estrangeiro na mídia (O Estado de S. Paulo)
Dilma ainda avalia viagem aos EUA este ano (O Globo)
Dilma desidrata o bloco (Correio Braziliense)
Dilma tenta pacificar base, e PMDB diz que não abre mão de espaço (O Globo)
Dilma terá encontro com Obama nos EUA (O Estado de S. Paulo)
Gabrielli ganha força para ficar na Petrobras (O Estado de S. Paulo)
Grampeados jogam culpa nos estados (Correio Braziliense)
Grupo usava 60 telefones para dificultar apuração (O Estado de S. Paulo)
Igreja dá salto em ranking de confiança (O Estado de S. Paulo)
Início do PAC 2 será ótimo para os aliados (Correio Braziliense)
Irmão de petista deixou o País com a família (O Estado de S. Paulo)
Justiça garante novo Enem para todos (O Estado de S. Paulo)
Justiça: todos os alunos podem fazer novo Enem (O Globo)
Kassab busca apoio da bancada federal do DEM (Valor Econômico)
Lado a lado com os presidentes (O Globo)
Lula quer consenso sobre novo ministro do STF (O Globo)
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Manobras pela impunidade (Correio Braziliense)
Ministério deve ser anunciado até 15 de dezembro (O Globo)
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Na CNI, Lula prevê mais crescimento (Correio Braziliense)
Na primeira crise, ''sombra'' já se impõe sobre Dilma (O Estado de S. Paulo)
Orçamento de SP reduz gasto em transportes (Valor Econômico)
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País "reprova" Justiça (Correio Braziliense)
PEC sobre plebiscito avança no Senado (O Estado de S. Paulo)
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PF pede novo prazo para inquérito do caso Erenice (O Estado de S. Paulo)
PMDB exige critérios para nomeações (Valor Econômico)
Promotores do DF agiram com 'sordidez', diz denúncia (O Estado de S. Paulo)
PT do Senado insiste em alternância (Valor Econômico)
PT faz contas e acredita que faria grupo maior (O Estado de S. Paulo)
Quando 2012 chegar (O Globo)
Quitado o gasto Lula (Correio Braziliense)
Réu do caso Celso Daniel está foragido (Correio Braziliense)
Salários de deputados devem subir neste ano (O Estado de S. Paulo)
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