MANCHETES DO DIA
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Dado como preso, filho de ditador reaparece e expõe guerra de informações. Forças rebeldes, com o apoio da Otan, lançaram uma caçada a Muamar Kadafi, com combates e bombardeios no complexo Bab al Aziziyah, o QG do ditador, que ainda resiste, apesar de a maior parte da capital ter sido tomada pelos opositores. Kadafi permanece desaparecido, mas Saif, seu filho que na véspera fora dado como preso pelos rebeldes e pelo Tribunal Penal Internacional, reapareceu livre, e disse que seu pai está bem, revelando, assim, uma outra guerra – a de informações. Uma TV árabe anunciou que outro filho, Mohamed, cuja prisão também fora anunciada na véspera, teria escapado. No campo diplomático, os rebeldes também avançaram e foram reconhecidos pelo Egito e pela Liga Árabe. Para Rússia e China, o regime está no fim. (Págs. 1, 26 a 29)
Filho do ditador reaparece e afirma que pai está em Trípoli com a família. Ainda travando batalhas pelo controle total de Trípoli, rebeldes comemoravam vitória e anunciavam que a “era Gaddafi” terminou. Em Zawiya, a 50 km da capital, o clima era o mesmo. Lá, o avanço final dos insurgentes deixou um cenário de destruição, com fachadas de lojas e casas danificadas, relata o enviado especial Samy Adghirni.
A vitória, porém, ainda não é completa. Até o fechamento desta edição, Muammar Gaddafi controlava bolsões em Trípoli, incluindo um hospital, um quartel e um hotel. Insurgentes desconhecem seu paradeiro. Saif al-Islam, filho do ditador líbio que os rebeldes haviam dito ter capturado, apareceu e afirmou que seu pai permanece na capital com a família. (Págs. 1 e Mundo)
Paradeiro do ditador é ignorado; Brasil ainda aguarda para decidir se reconhece novo governo. Forças rebeldes haviam tomado ontem quase todos os bairros de Trípoli, capital da Líbia e último reduto do ditador Muamar Kadafi, há 42 anos no poder. No início da noite, ainda havia pequenos focos de resistência. Kadafi não havia sido encontrado, mas estava evidente que o fim do regime era questão de tempo. O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu dar seu apoio a uma transição “pacífica” no país. Já o Brasil aguarda a decisão da Liga Árabe e conversas com os demais países dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) para decidir se vai reconhecer os rebeldes como o novo governo líbio. O Itamaraty quer esperar para ver se algumas condições serão cumpridas, como a criação de um governo estável e com algum padrão de democracia. “Pode haver alguns grandes problemas. Todos vão querer dirigir o espetáculo”, disse um dos rebeldes. “Todos têm de ser desarmados.” (Págs. 1, A14 a A17)
Rebeldes bombardeiam QG de Kadafi e anunciam fim do regime. O cerco ao ditador faz as bolsas subirem nos EUA e na Europa. O cartaz de Muamar Kadafi sendo consumido pelas chamas é um emblema do fim. Em meio aos combates que fustigam o ditador, o mundo já começa a reconhecer nos opositores reunidos no CNT, o Conselho Nacional de Transição, o novo poder de fato na Líbia. Foi o que fizeram ontem a Liga Árabe, o Egito, e Autoridade Palestina e a Turquia, acompanhando assim posição já tomada por Estados Unidos, União Européia e mais de 25 governos, no total. O Brasil, que tinha no então presidente Lula um ferrenho defensor de Kadafi, continuava aguardando “uma definição” do confronto. “Algumas vozes mundo afora nos sugeriram apoio a uma coalizão de forças, não apenas a um grupo”, disse o porta-voz do Itamaraty, Tovar da Silva Nunes. (Págs. 1, 12, 18 e 19)
O consórcio Inframérica, formado pelo grupo Engevix e pela Argentina Corporación América, venceu o leilão de concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Depois de cerca de 90 lances, o consórcio ofereceu R$ 170 milhões pela outorga, com ágio de 228%. O resultado foi a porta de entrada ao mercado brasileiro da Corporación América, que controla 33 aeroportos na Argentina, onde ganhou fama pelas dívidas milionárias, atrasos no pagamento de royalties, descumprimento de cronogramas de obras e duas grandes renegociações de contratos. Seu principal proprietário, o argentino de origem Armênia Eduardo Eurnekian, faz parte do seleto grupo de “empresários Kirchneristas”. (Págs. 1 e B1)
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