O senador Ranfolfe Rodrigues (PSOL-AP), em discurso nesta terça-feira (30), lamentou a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) pela Câmara dos Deputados, ocorrida no início da noite. Randolfe destacou que houve apenas um discurso na tribuna em favor da deputada e cinco contrários, números bem diversos do resultado final da votação: 265 votos a favor da manutenção do mandato e 166 pela cassação.
- Essa decisão é lamentável e vai na contramão dos movimentos que nós temos feito aqui, no plenário do Senado, para apoiar medidas do governo de combate à corrupção e para constituir uma frente política de combate à corrupção que junte todas as pessoas de bem deste país - disse.
O placar, segundo o senador, foi estimulado pelo fato de ainda haver voto secreto nas casas legislativas. Como forma de evitar a repetição da situação, Randolfe pediu a aprovação da PEC 50/2006, do senador Paulo Paim (PT-RS), que propõe o fim dessa modalidade de voto.
Jaqueline Roriz foi filmada recebendo um pacote de dinheiro do delator do "mensalão" do Distrito Federal, Durval Barbosa. A descoberta do esquema chegou a levar à prisão o então governador José Roberto Arruda. A defesa da deputada alegou que, como o episódio ocorreu em 2006, antes do início de seu mandato, não se configuraria quebra de decoro parlamentar.
Randolfe afirmou que o Parlamento precisa dar o exemplo se quer exigir o fim da corrupção no Brasil.
- Ela, como candidata, dizia ter uma conduta ilibada e as fotos e as imagens retratam que não tinha. É importante ressuscitar o latim. A palavra candidato vem do latim: aquele que é cândido, aquele que é limpo. Para ser candidato, tem de ter uma postura ilibada, tem de ser cândido, como no latim, tem de ser limpo, tem de ser puro.
Da Redação / Agência Senado
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