segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A formação profissional do século XXI: inovação com qualidade


A formação profissional do século XXI impõe rupturas ousadas e inovadoras no processo tradicional de ensino-aprendizagem que permitam melhores níveis de empregabilidade. A sociedade do excesso tem um excesso de pessoas similares, com semelhantes níveis educacionais e ideias, produzindo coisas também parecidas. Ou seja, os iguais no que sabem são absolutamente iguais no que não sabem. Esses profissionais “apenas similares” estão inteiramente despreparados para se destacarem nesta sociedade do excesso. Serão, apenas e sempre, atores secundários, figurantes e não protagonistas. Vivemos, no entanto, a sociedade do conhecimento, a qual, em oposição direta à sociedade do excesso, tem, entre outras características, a velocidade, a conectividade, a intangibilidade e a inovação. Hoje, as mudanças são em tempo real e tudo está conectado. Os valores intangíveis dependem de sensibilidade de percepção. Inovação com qualidade é impositivo de sobrevivência. Então, o profissional do século XXI, ético, proativo, empreendedor, flexível, senhor de seu destino e não escravo de suas circunstâncias, depende de sua formação contínua. Depende ainda mais da criatividade do que da informação, de estar sempre apto para o desempenho de responsabilidades complexas e capacidade plena de expressão. Aprender a aprender é a arte fundamental da vida. E, hoje, a aprendizagem não pode mais ser tática, tem que ser estratégica. Compartilhada e não tutelada. Sistêmica e não fragmentada. Os docentes, sempre imprescindíveis, têm novos papeis a desempenhar, em ambientes em que a distância geográfica pode ser superada e as ilimitadas possibilidades tecnológicas rompem barreiras. Nesta nova ordem, a reestruturação de cursos superiores com o uso de técnicas inovadoras para estimular a aprendizagem é absolutamente estratégica para estabelecer os diferenciais de qualidade que permitam ao profissional deste século romper com a sociedade do excesso. O “novo” aluno tem que ser e estar, como sempre; ouvir, ver e acompanhar, como sempre; mas precisa interagir muito mais, ousar e inovar muito mais, construir muito mais o seu conhecimento: ser ator e não plateia.

Ruy Chaves, Diretor de Integração do Grupo Estácio

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