Em audiência no Senado sobre a falta de gasolina no
Amapá, o superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo
(ANP), Dirceu Cardoso Amorelli Junior, afirmou que a agência está elaborando
uma resolução para obrigar as distribuidoras a manterem um estoque adequado de
combustíveis.
Especialistas do setor de abastecimento apontaram a
falta de infraestrutura e o aumento exagerado do consumo de gasolina como
fatores que levaram à crise no Amapá. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, afirmou que a situação
não é exclusiva do Amapá:
— Desde 2009, o consumo de gasolina cresceu 58%,
algo sem precedente na história do país.
O consumo aumentou, segundo ele, por causa da
melhoria da renda da população, do maior acesso ao crédito e dos incentivos
fiscais concedidos à indústria automobilística.
Ele acrescentou que o Brasil não tem rodovias,
ferrovias e portos para suportar a demanda e destacou a necessidade de o
governo ouvir, na discussão do novo marco regulatório dos portos, os setores
envolvidos no abastecimento. Em relação às providências que estão sendo tomadas
para o Amapá, o gerente executivo de Operações da BR Distribuidora, Jorge
Celestino Ramos, afirmou que estão sendo construídas bases para descarregamento
de combustível em Cruzeiro do Sul (AC) e Porto Nacional (TO). Hoje, grande
parte do suprimento do Amapá vem de uma base em Belém.

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