quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

O personagem central no escândalo da propina em Brasília carrega uma impressionante folha corrida nos 37 processos em curso na Justiça. Levantamento do Correio mostra que Durval Barbosa é acusado de desviar R$ 432 milhões nos dois últimos mandatos do governo Roriz, entre 1999 e 2006, quando ocupou cargos estratégicos no GDF e a presidência da Codeplan. Barbosa responde pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraude em licitação e improbidade administrativa nas ações apresentadas pelo Ministério Público e pela Corregedoria-Geral do DF. Conhecido no meio político brasiliense por fazer escutas clandestinas, Durval passou de investigado a colaborador da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. Exonerado pelo governador Arruda, foi incluído no Programa de Proteção à Testemunha do Ministério da Justiça. (pág. 1)

FOLHA DE S. PAULO
PARA MENSALÃO DO DEM, PT PROPÕE IMPEACHMENT

Lula agora classifica de 'deplorável' suposto esquema de propinas no DF. O PT do Distrito Federal entrou ontem com um dos seis pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de recebimento ilegal de dinheiro. Em Kiev (Ucrânia), o presidente Lula adotou tom mais crítico que na véspera, quando afirmou que imagens "não falam por si". Classificou de "deplorável" o suposto esquema de Arruda. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse não temer que investigações atinjam seu governo, que tem contratos com empresas apontadas no mensalão. "É caso de polícia". Cerca de 200 pessoas invadiram o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal para pedir a saída de Arruda. Quebra-quebra atrasou a leitura dos pedidos de impeachment. (págs. 1 e Brasil)

Compra foi o argumento do governador para justificar recebimento de R$ 50 mil. O governo do Distrito Federal abriu licitação para comprar panetones no dia em que a Polícia Federal deflagrou a operação que desmontou um suposto esquema de corrupção comandado pelo governador José Roberto Arruda (DEM). A aquisição regular de panetones, para "distribuição às famílias de baixa renda", foi o argumento usado por Arruda para justificar os R$ 50 mil que recebeu, em dinheiro, conforme aparece em vídeo gravado em 2006. O edital da licitação, aberta na sexta-feira passada, menciona a compra de 120 mil panetones, ao custo médio de R$ 5 cada. Arruda sabia com antecedência da investigação da PF. A própria produção de recibos dos panetones, para justificar as supostas propinas, teria sido combinada com o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, pivô do escândalo e que fez as gravações. (págs. 1 e A4 a A8)
JORNAL DO BRASIL
INSEGURANÇA FECHA MIL LOJAS POR ANO NO RIO

Custos de proteção por conta do Natal chegarão a R$ 1,3 bilhão. A proximidade do período natalino e o aumento no volume de vendas do comércio vieram acompanhados de uma maior preocupação com a insegurança dos lojistas, temor que levou ao fechamento, nos últimos dez anos, de 10 mil estabelecimentos comerciais no Rio. Com o risco maior de fraudes, furtos e assaltos, a previsão de gastos com proteção privada este ano é de R$ 1,3 bilhão, ou 4% do faturamento, segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio, cerca de 10% a mais que no ano passado. Só em vigilância eletrônica, como câmeras e alarme, serão gastos R$ 500 milhões. (págs. 1 e Economia A19)

O GLOBO
GRUPO QUE NEGOCIAVA PROPINA CHAMAVA ARRUDA DE 'BIG BOSS'

Pedidos de impeachment do governador são lidos na Câmara do DF. A gravação de uma conversa entre investigados no escândalo do mensalão do DEM revela que eles chamavam de big boss o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. No vídeo em poder da Polícia Federal, o ex-secretário de Relações institucionais Durval Barbosa e o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, negociam como direcionar licitações - tudo, segundo Maciel, a mando de Arruda. Ao tratar da arrecadação da propina, Durval diz: "Sempre quem conduz é o big boss lá”. Na Câmara Legislativa do DF, foram lidos seis pedidos de impeachment do governador. (págs. 1, 3 a 10 e editorial "Falsas soluções”) Foto legenda: Manifestação na Câmara do DF: em protesto contra o mensalão do DEM, cerca de 150 pessoas quebraram um vidro e invadiram o plenário.

VALOR ECONÔMICO
PREVISÕES MELHORAM E PIB CRESCERÁ ATÉ 6,5% EM 2010

O Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer acima de 6% em 2010. Um crescente número de consultorias aposta em recuperação muito forte da economia brasileira e pelo menos uma instituição, o Credit Suisse, já projeta que o crescimento pode chegar a 6,5% no próximo ano. A variável-chave para o maior ou menor crescimento, dizem os economistas, está no investimento. Quem aposta em um PIB acima de 6% espera, também, um aumento expressivo — de 20% — na formação bruta de capital fixo, a variável que mede a demanda por máquinas e equipamentos e na construção civil. As consultorias e bancos que esperam uma alta do PIB umpouco menor em 2010 — mais próxima de 5% — projetam recuperação menos expressiva do investimento. (págs. 1, A3 e A4)


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