terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sarney recebe texto preliminar do novo Código de Processo Civil

O presidente do Senado, José Sarney, recebeu na manhã desta terça-feira (15), do ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça, as primeiras proposições aprovadas pela comissão que este preside para elaborar um novo Código de Processo Civil. Fux disse a Sarney que a ideologia que norteou esse trabalho foi a de dar maior celeridade à Justiça. Sarney elogiou o grupo pela rapidez que está imprimindo a seus trabalhos.
De acordo com o ministro, o código que emergirá desse trabalho propiciará aos brasileiros instrumentos efetivamente capazes de reduzir o número de demandas e recursos que se acumulam nos tribunais em todo o país. Como exemplo de instrumento judicial capaz de modernizar a Justiça, ele mencionou o incidente de coletivização para os processos consistentes num litígio que interesse a muita gente.
Conforme explicou a Sarney, a novidade evitará a multiplicação de demandas porque, numa causa representativa de milhares de outras idênticas, será possível a suspensão de todas as outras e a promulgação de uma sentença ampla, capaz de definir o direito de tantos quantos se encontrarem na mesma situação jurídica.
O ministro disse que a comissão privilegiou o instituto da conciliação, que passará a ser o primeiro ato de convocação do réu a juízo, a fim de encorajar as concessões de um lado e de outro e de otimizar o relacionamento social no âmbito da justiça. O objetivo a ser perseguido por essas mudanças, conforme explicou, não é o de preparar o Judiciário para milhares de processos, mas o de evitar que eles se avolumem.
Luiz Fux também prometeu, no âmbito desse novo código, a redução do número de recursos judiciais que hoje propiciam ao advogado prorrogar no tempo a solução do processo apenas porque sabe que vai perder o litígio ou porque quer ganhar mais dinheiro.
A esse respeito, Sarney referiu-se especialmente aos recursos conhecidos como embargos infringentes e embargos declaratórios, manifestando a opinião de que eles deveriam ser extintos.
Outra novidade anunciada por Fux foi a criação de meios que autorizam o juiz a julgar a causa rapidamente, consoante a jurisprudência oriunda das teses resultantes dos recursos repetitivos, evitando a desnecessária duplicação de julgamentos.

Teresa Cardoso / Agência Senado
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