domingo, 31 de janeiro de 2010

José Sarney

A Nina e MJ

O repórter Pablo Ordaz cobriu os primeiros dias da tragédia do Haiti e como poucos nos re-velou em profundidade o aspecto humano que perpassa o mundo invisível de uma catástrofe dessa magnitude. São desgraças individuais que são símbolo e exemplo do que acontece no olho desse furacão sem vento que atingiu o mais pobre entre os mais pobres, o sofrido povo do Haiti. Em 2008, dois tornados destruíram sua frágil infra-estrutura. Agora, a tragédia humana e física não se tem como dimensionar. Não são somente os edifícios que caíram, os mortos, os feridos, os desesperados. São os dramas pessoais que trespassam o destino das pessoas e da Nação. Os depoimentos que lemos são uma busca de palavras para dizer o que as palavras não dizem. Um sobrevivente espanhol contou: "Era uma onda, a terra subia e baixava, devorando tudo". Ainda hoje tem a sensação de que "tudo se move, só existe o pó, não quero ver". Mas o que se desdobra é a fome, o desespero por água, comida, remédios. Lançam bombas de gás para afastá-los. Como no Afeganistão. Mas lá se luta e contra os que querem acabar a humanidade, aqui levamos uma mão estendida de solidariedade aos que buscam viver. É desse mundo que Ordaz nos traz o testemunho de visita a um hospital improvisado. Ele pergunta: "De que vocês mais precisam?". "Morfina". Porque ali os sons que se ouvem são os gritos dos dilacerados pela dor. Amputações sem anestesia, e o que mais tem são mutilados pelos desmoronamentos. Num colchão sujo uma menina. Os olhos tristes que não brilham. Um esparadrapo na testa com uma data, 21.1.2010, e duas iniciais, MJ. Tem apenas um coto envolto em gaze no começo do úmero, perto do ombro. "O que se passou contigo?" Abstrata, repete: "Meu braço ficou lá". Ela foi uma das amputadas sem anestesia, e agora ali aguarda um encontro com qual destino? Os seus estão todos mortos: "Meu braço ficou no colégio". Assisto em Brasília, na Base Aérea, às cerimônias fúnebres de saudades aos nossos bravos soldados que morreram no Haiti. Também são destinos acabados. Famílias destroçadas. Carreiras mortas. Ouço a corneta tocar silêncio. O soluço contido dos parentes. Uma guarda de honra afasta um caixão. O corpo será sepultado em Brasília. Separa-se de seus companheiros. Saem para acompanhá-lo sua mulher, de preto, com dignidade, e uma menina com os olhos tristes e sem brilho. Deve ter seus cinco anos. Acompanha o corpo do seu pai, o major Adolfo. Seu nome, Nina. Meus olhos pedem para chorar com eles. Ela, como Maria José, é vítima da tragédia. Vão ao encontro do seu destino. Nina viverá sem o carinho do seu pai, mas credora da solidariedade e carinho de todo o Brasil, filha de herói. E MJ?

José Sarney foi governador, deputado e senador pelo Maranhão, presidente da República, senador do Amapá por três mandatos consecutivos, presidente do Senado Federal por três vezes. Tudo isso, sempre eleito. São 55 anos de vida pública. É também acadêmico da Academia Brasileira de Letras (desde 1981) e da Academia das Ciências de Lisboa

jose-sarney@uol.com.br

sábado, 30 de janeiro de 2010

Jornalistas elogiam liberdade de imprensa no governo Sarney

Comitê de Imprensa

A relação do presidente Lula com a imprensa vem sendo tema de debates. Em alguns momentos, é péssima. Quando visitou as obras de transposição do Rio São Francisco, Lula disse que "a imprensa só joga pra baixo. Vai ser azedo assim em outro lugar". Tudo bem diferente dos tempos de candidato, quando não havia uma visão tão ácida do trabalho dos jornalistas. Há mesmo uma imprensa golpista? Foi dada importância demais ao mensalão? Lula sofre com o preconceito e a perseguição da mídia? Para falar sobre o tema, o Comitê de Imprensa, da TV Câmara, recebeu dois jornalistas: Rudolfo Lago, do Congresso em Foco, e Evandro Paranaguá. Os dois fizeram questão de elogiar Sarney quando era Presidente da República no que se refere às relações do Planalto com a imprensa, as condições de trabalho dos jornalistas que faziam a cobertura do Planalto, a convivência do presidente com os jornalistas e o caráter eminentemente democrático do ex-presidente. Confiram no vídeo a seguir.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

CORREIO BRAZILIENSE
APOSENTADOS DEVEM R$ 22 BILHÕES AOS BANCOS

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão pendurados em dívidas. No ano passado, eles pegaram R$ 22,3 bilhões em empréstimos no sistema financeiro, montante 152,3% maior que os financiamentos obtidos em 2008, o ano da crise econômica mundial. Esse volume de empréstimos representa um quarto de todas as operações de crédito consignado realizadas no ano passado por trabalhadores públicos ativos e inativos e mais os segurados do INSS, segundo dados do Banco Central. Só em dezembro, as operações de empréstimo com desconto em folha feitas pelos aposentados somaram R$ 1,85 bilhão, com alta de 122,7% em relação a dezembro de 2008. O empréstimo consignado é a modalidade de financiamento que mais cresce no sistema financeiro. O motivo é a taxa de juros bem mais em conta. Segundo o Banco Central, enquanto os juros do crédito pessoal chegam a alcançar, em média, 44,4% ao ano, a taxa do crédito com desconto em folha(1), com menor risco para os bancos, fica em 27,2% ao ano. Para os segurados do INSS, o juro pode ser ainda menor. O Conselho Nacional de Previdência Social fixou o teto máximo de juros para os aposentados em 2,34% ao mês. Em muitos casos, eles ficam em torno de 1%.


Indefinição vinha travando investimento e crédito de empresas do setor. O governo decidiu renovar as concessões do setor elétrico que vencem entre 2015 e 2020. Minuta de medida provisória que regulamenta a decisão está em fase final, informa Leila Coimbra. Com essa decisão, o governo descartou a possibilidade de tomar as concessões para fazer um novo leilão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não decidiu quando encaminhará a MP ao Legislativo. Tudo indicava que a decisão ficaria para o próximo governo. Mas, como a indefinição prejudica o setor elétrico, o governo resolveu encaminhar agora uma solução para o problema.O impasse vem travando operações de fusões e aquisições. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), empresas também não estão conseguindo contrair empréstimos para investimentos em suas redes nem renovar contratos para contratos de longo prazo de compra e venda de energia, que vencem a partir de 2012. A minuta da MP prevê ainda redução de tarifa. (págs. 1 e B1)

O ESTADO DE S. PAULO
MANTEGA ANUNCIA FIM DOS INCENTIVOS FISCAIS

'A economia não precisa mais da ajuda do Estado', diz ministro sobre IPI menor para indústrias. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que as medidas fiscais para socorrer a economia, como o corte de IPI, serão eliminadas, informa o enviado especial a Zurique, Jamil Chade. "Achamos que, se a economia está crescendo, ela não precisa mais da ajuda do Estado." Ele adiantou que a isenção para a linha branca acabará neste fim de semana. Segundo Mantega, a indústria sofreu contração de 5% a 6% em 2009, mas as perspectivas são de crescimento. Mantega estimou que a expansão do PIB neste ano ficará entre 5% e 5,5%, puxada pelo consumo doméstico e pelos investimentos, e ele previu a criação de 1 milhão de empregos, com falta de mão de obra em alguns setores. Mas o ministro rejeitou a tese de superaquecimento e de risco de inflação: "A preocupação no Brasil é se vamos crescer demais ou não". Apesar de defender o fim dos pacotes de ajuda à economia contra a crise, Mantega disse que o Estado precisará ter uma nova regulação do sistema financeiro internacional e manter sua presença, tese que ele defenderá hoje no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). (págs. 1 e B1)

JORNAL DO BRASIL
NATAL REDUZ A TAXA DE DESEMPREGO

A taxa de desemprego no Brasil atingiu em dezembro seu índice mais baixo desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série de pesquisas. No último mês do ano, a taxa recuou para 6,8% e registrou a quarta queda consecutiva. Em novembro, o índice foi de 7,4%. Na média anual, o desemprego ficou em 8,1%, alta na comparação com 2008, quando o índice foi de 7,9%. A população ocupada (21,8 milhões) cresceu 1% em dezembro ante novembro e 1,4% frente a igual mês de 2008. Os dados do IBGE foram investigados em seis regiões metropolitanas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Para o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite, essa queda em dezembro já era esperada por especialistas, mas surpreendeu ao se tornar o menor índice da série. Segundo ele, alguns fatores contribuíram para o desempenho, como as contratações temporárias para o Natal. Leite afirma que foi o consumo interno que impulsionou a geração de empregos, com o aumento de vendas no comércio e a retomada da produção industrial.

O GLOBO
PAÍS SAI DA CRISE COM INDÚSTRIA MAIS FRACA NAS EXPORTAÇÕES

Participação de produtos básicos cresce e Brasil gera empregos na China. Com a crise no ano passado, o Brasil aumentou a concentração de exportações em produtos primários e a indústria perdeu espaço. Apenas seis produtos básicos (soja, minério de ferro, petróleo, açúcar, frango e farelo de soja) respondem por um terço das vendas externas, contra 27,7% em 2008. Pela primeira vez em 20 anos, os bens primários são mais de 40% das exportações. Já a fatia dos manufaturados caiu de 46,8% para 44%. Analistas alertam para os riscos de enfraquecimento da indústria e o comércio exterior depender da China. Do total exportado ao mercado chinês, 76% são produtos básicos e 98% dos importados são industriais, que geram emprego no país asiático. (págs. 1 e 23)
VALOR ECONÔMICO
AUMENTO DE CAPITAL DO BB DEVE ATINGIR R$ 13 BI

O aumento de capital do Banco do Brasil pode chegar a quase R$ 13 bilhões se o Banco Central autorizar a instituição a considerar como capital de nível 1 (recursos dos acionistas) a emissão de US$ 1,5 bilhão em bônus perpétuos de outubro passado. Esse reforço elevará o índice de Basileia dos atuais 13% para 15% do patrimônio líquido de referência, proporção suficiente para sustentar forte expansão no país e no exterior. Após várias rodadas de reuniões com investidores e analistas estrangeiros, em 2009 e no início deste ano, ficou claro para a direção do banco público que os investidores e analistas internacionais demandam a reconstituição de capital e, no ambiente pôs crise financeira global, querem que seja feita com dinheiro do acionista, sobretudo do controlador, o Tesouro Nacional, que detém 65,4% das ações. O banco busca reforçar seu capital para fazer frente à maior agressividade comercial no país e no exterior. Depois de avançar na concessão de empréstimos durante a crise, que o levou a tomar mercado dos bancos privados, agora o Banco do Brasil quer ganhar musculatura na área de mercado de capitais. Para isso, faz planos para sanar três grandes deficiências: a ausência de uma corretora, uma área de análise de ações, hoje quase inexistente, e a falta de autorização para vender ações nos Estados Unidos em ofertas registradas - para negociação nas bolsas americanas."Isso nos tolhe e a mensagem é que vamos resolver tudo ainda no primeiro semestre", diz o vice-presidente Ivan Monteiro. O banco negocia alternativas como a compra de uma corretora ou associação com instituição que ofereça o pacote completo que lhe falta. No ano passado, até novembro, a área de mercado de capitais proporcionou receita de R$ 192 milhões, com crescimento de 400% sobre 2008. No exterior, a crise ajudou o banco. Antes de setembro de 2008, o BB de Nova York tinha US$ 180 milhões em "time deposit" (uma espécie de CDB) e US$ 200 milhões em linhas interbancárias. A crise produziu uma corrida de empresas brasileiras no exterior para o banco estatal, que hoje conta com US$ 4 bilhões em depósitos a prazo e US$ 2,8 bilhões no interbancário. (págs. 1, A2 e C1)

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Secretaria de Comunicação Social do Senado

Sentença do TJDF nada tem a ver com presidente Sarney

Caro editor,

A respeito do box “Cronologia do Caso”, que acompanha a matéria “Censura ao Estado completa seis meses e expõe ameaça à mídia”, publicada nesta quarta (27/01), o jornal divulga uma série de informações equivocadas e faz correlações estranhas. Ao estelecer tal cronologia, que levou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal a impedir o Estado de S.Paulo de publicar informações da Operação Facktor protegidas por sigilo judicial, são incluídas acusações que este jornal fez contra o presidente do Senado e que nada têm a ver com a sentença em foco. Além disso, esta Secretaria de Imprensa publicou respostas a todas as denúncias, municiadas de documentos e disponíveis em sua página na internet (http://www.senado.gov.br/comunica/imprensa/anexos/verdade.swf). A matéria, como de outras vezes, desconheceu o outro lado.

Na expectativa de publicação destes esclarecimentos, atenciosamente

Francisco Mendonça Filho
Secretário de Imprensa da Presidência do Senado
Brasília, 27 de janeiro 2010

Justiça se moderniza

A partir de segunda-feira (1º) STF torna obrigatório o envio eletrônico de seis tipos de processo

A partir da próxima segunda-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal restringirá ao meio eletrônico o recebimento de seis classes de processos que lhe são submetidos. O sistema e-STF – Portal do Processo Eletrônico deverá obrigatoriamente ser utilizado para ajuizamento das seguintes ações originárias (que têm início no STF): Reclamações (Rcl), Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI), Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC), Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e Propostas de Súmula Vinculante (PSV).
O e-STF está funcionando desde 2006 para os recursos extraordinários e desde 19 de outubro do ano passado para as demais classes. Desde então, os advogados podem optar entre o ajuizamento eletrônico e o sistema tradicional em papel. Mas, de acordo com a Resolução STF nº 417/2009, a partir do dia 1º de fevereiro de 2010, próxima segunda-feira, será suspenso o recebimento das seis classes de processos originários em meio físico. Para o secretário-geral do STF, Luciano Felício Fuck, a acessibilidade está entre as principais vantagens do e-STF.
“Além da celeridade processual, da redução de custos e do impacto ambiental em razão da desnecessidade de uso de papel, o e-STF vai gerar um choque de acessibilidade, já que todos terão acesso aos processos que tramitam na Suprema Corte. Para peticionar, o advogado precisa ter assinatura digital e se credenciar, mas qualquer usuário poderá ler os autos digitalizados pela Internet. Além disso, o advogado não precisará vir ao tribunal ou se limitar ao horário de funcionamento do protocolo”, disse o secretário.

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Pedro Pedrossian visita Sarney

O ex-governador de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul Pedro Pedrossian fez uma visita de cortesia ao presidente José Sarney, nesta sexta-feira (29). Pedrossian foi governador de Mato Groso no período de 1966 a 1971, antes que o estado fosse dividido. Eleito senador em 1978, renunciou ao mandato em 1980 para assumir o cargo de governador nomeado do estado de Mato Grosso do Sul. Em 1990, foi eleito novamente para o cargo de governador sul-mato-grossense.

Da Redação / Agência Senado

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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Destaques nacionais

ATOS DO PODER EXECUTIVO
Governo cria a Zona de Processamento de Exportação de Suape (PE)

MINC
Prorrogadas as inscrições para seleção de projetos de modernização das bibliotecas municipais

MFZ
Sesu indefere autorização de curso de Direito requerido por faculdade paraense

MFZ
Tesouro Nacional divulga o relatório resumido da execução orçamentária do Governo Federal

MFZ
Copom mantém taxa Selic

MES
Aprovado o regulamento geral da III Conferência Nacional do Esporte


Mais destaques


Seleções e concursos

DPF convoca para curso de formação profissional

Federal do Rio de Janeiro homologa resultado de concurso público

Coren/PI publica resultado final de concurso público


Mais concursos



O Amapá no Diário Oficial da União

Clique aqui para conferir tudo sobre o Amapá no DOU de hoje...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Trabalhos legislativos serão reabertos na terça-feira

Foto: Ana Volpe
Com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Congresso Nacional reúne-se na próxima terça-feira (2), às 11h, no Plenário da Câmara dos Deputados, para a solenidade de abertura da 4ª sessão legislativa ordinária da 53ª legislatura. A ministra apresentará mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Dilma Rousseff e dos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Michel Temer, ocuparão a mesa da sessão o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o 1º secretário da Mesa do Congresso, deputado Rafael Guerra. A cerimônia deverá ter início às 10h40, na rampa do Congresso. O Hino Nacional será executado pela Banda do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas. Ao mesmo tempo, as bandeiras das duas Casas legislativas serão hasteadas e haverá a salva de gala (21 tiros de canhão) pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha. Ao final da execução do Hino Nacional, o comandante da Guarda de Honra, feita pelo Batalhão da Guarda Presidencial, receberá o presidente do Senado. Será então dado o toque de saudação e o comandante conduzirá Sarney para que dê início à revista à tropa. Terminadas as honras militares, Sarney irá para o Plenário, onde entrará acompanhado dos líderes partidários na Câmara e no Senado - que o estarão esperando no Salão Negro - e dos presidentes da Câmara e do STF, que estarão aguardando o presidente do Senado no Salão Nobre. Todos se reunirão à ministra Dilma Rousseff, que já estará no Plenário da Câmara dos Deputados. Após a instalação dos trabalhos, o Hino Nacional será executado pela Banda dos Fuzileiros Navais e, em seguida, Sarney anunciará a entrega, pela ministra-chefe da Casa Civil, da mensagem do Poder Executivo. Gilmar Mendes então lerá a mensagem do Poder Judiciário. Na sequência, o 1º secretário do Congresso lerá a mensagem do presidente da República. A solenidade prossegue com os pronunciamentos de Temer e de Sarney, após o que será encerrada a sessão. Também participará da cerimônia o Batalhão de Polícia do Exército com batedores para a escolta do presidente do Senado no trajeto entre a residência oficial e o Palácio do Congresso.

Da Redação / Agência Senado

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA

CORREIO BRAZILIENSE
CNJ: DESEMBARGADOR DO DF TRABALHA POUCO

Enquanto os juízes de primeiro grau estão sobrecarregados, os desembargadores vivem uma situação confortável no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Recebem menos processos e julgam abaixo da média do País. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concluiu que a segunda instância do Judiciário local tem um “desempenho insatisfatório” e um “índice de produtividade baixo”. A avaliação unânime de 10 dos 15 conselheiros — cinco estavam ausentes — implicou, terça-feira passada, rejeição de forma contundente da proposta de aumento do número de desembargadores do TJDFT de 35 para 40. O Tribunal está na berlinda diate do CNJ que cobra melhoria dos procedimentos no trabalho dos magistrados. O parecer aprovado apontou as deficiências na produtividade em segunda instância e destacou a preocupação com a pressão de trabalho sobre os 280 juízes de primeiro grau. Chamou atenção ainda para o fato desses magistarados estarem sendo convocados para ajudar os desembargadores, acumulando processos nas duas instâncias. O Tribunal de Justiça do DF está sob inspeção da Corregedoria Nacional de Justiça, assim como outras cortes do país. “A situação revelada pela inspeção é preocupante, tendo em vista o descumprimento dos termos da Resolução nº 72(1), a constatação fática do congestionamento dos juízos de primeiro grau em comparação à situação confortável encontrada no Tribunal”.

FOLHA DE S. PAULO
LULA IGNORA TCU E DÁ VERBA PARA OBRAS SOB SUSPEITA

Paralisação causaria prejuízos e corte de 25 mil empregos, alega o Planalto. Veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei or çamentária liberou pagamentos de R$ 13,1 bilhões para quatro obras da Petro bras que, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), apresentam irregu laridades "graves", como preços acima dos de merca do e falhas nos projetos. Entre as obras que foram liberadas pelo veto de Lula está a refinaria Abreu e Li ma, em Pernambuco, que deve receber R$ 6,1 bilhões. Outras 38 obras, inclusive do PAC (Programa de Acele ração do Crescimento), fo ram mantidas na lista das que não podem receber re­cursos públicos em 2010. Na justificativa de veto, o Planalto alega que a parali sação das quatro obras da Petrobras representaria cor te de 25 mil empregos e um prejuízos mensal estimado em R$ 268 milhões. Em 2005, Lula também vetou o bloqueio de dinheiro públi co para a construção da usina nuclear de Angra 3. Para derrubar o veto pre sidencial, são necessários os votos de dois terços dos de putados e senadores, hipó tese que é tida como remota. "Cumprimos nossa parte", afirmou Ubiratan Aguiar, presidente do TCU. (págs. 1 e Al0)

Orçamento incluirá 4 projetos da Petrobras com indícios de irregularidades. O presidente Lula tirou quatro obras da Petrobras da lista de projetos que estão impedidos de receber recursos orçamentários por indícios de irregularidades, apontados pelo Tribunal de Contas da União. São as refinarias Abreu e Lima(PE) e Presidente Getúlio Vargas (PR)- empreendimentos que integram o PAC, estrela da campanha presidencial petista -, o terminal de escoamento de Barra do Riacho (ES) e o complexo petroquímico do Rio. Lula argumentou que parar as obras acarretaria a perda de 25 mil empregos e de R$ 268 milhões mensais. Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o presidente acatou um "apelo" do governadores, trabalhadores do setor de petróleo e empresários. (págs. 1 e A4)

JORNAL DO BRASIL
AUMENTO DE DESPESA FOI O MAIOR DA ERA LULA

Os gastos do governo fe deral no ano passado supera ram em RS 74,5 bilhões a despesa de 2008, num crescimen to de 15%, o maior já regis trado no mandato de Luiz Iná cio Lula da Silva. Com a di minuição na arrecadação de impostos, contribuições fede rais e receitas como os royalties, o resultado foi a queda de 45% do superávit primário do governo central (União, Pre vidência e Banco Central), que somou R$ 39,21 bilhões, ou 1,25% do PIB. Analistas con sideram que as desonerações tri butárias de estímulo à economia contribuíram para os números negativos. (págs. 1 e Economia A18)

O GLOBO
LULA ATROPELA O TCU E LIBERA VERBA DE OBRAS SUSPENSAS

Presidente ignora indícios de irregularidades graves em projetos da Petrobras. O presidente Lula ignorou o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e liberou quatro obras da Petrobras com indícios de irregularidades graves. Os repasses e convênios das obras incluídas na lista do TCU estavam suspensos até que falhas fossem sanadas. Mas, ao sancionar o Orçamento da União, deste ano, Lula retirou da lista as quatro obras da Petrobras. O governo alega que, com a paralisação seriam perdidos 25 mil empregos. A oposição, porém, tentará derrubar o veto presidencial a partir do próximo dia 2, quando o Congresso retoma os trabalhos. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, acusou o governo de “tratorar” o Congresso e o TCU. “Ao invés de corrigir o problema, o presidente fecha os olhos diante dessas ilegalidades”, reagiu o deputado Otávio Leite (PSDB), líder da minoria. (págs. 1 e 3)
VALOR ECONÔMICO
CRÉDITO DE R$ 25 BI DÁ LUCRO EXTRA PARA INCORPORADORAS

As incorporadoras de imóveis têm rios de dinheiro a receber. As seis maiores empresas do mercado — Cyrela, Gafisa, Rossi Residencial, MRV, PDG Realty e Brookfield — possuem R$ 25,5 bilhões em créditos dos financiamentos imobiliários diretos a seus clientes. Essa carteira de recebíveis corresponde a 75% dos R$ 34 bilhões financiados com recursos da caderneta de poupança em 2009 e cresce a passos largos. Tais valores atraem investidores estrangeiros, que estão negociando associações com as maiores incorporadoras. Os recebíveis agem como uma lucrativa atividade financeira paralela. A Cyrela, por exemplo, a líder do setor e a que tem o maior estoque de crédito a receber, com R$ 8,3 bilhões em carteira, retira em média 20% do seu lucro líquido da receita financeira gerada pelos contratos de financiamento. (págs. 1 e C1)

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