A coordenadora da Pastoral da Criança foi uma das vítimas do terremoto de terça-feira (12) no Haiti.
A morte de Zilda Arns teve grande repercussão na Câmara. O presidente Michel Temer lamentou o que considera uma perda irreparável e destacou que a médica pediatra e sanitarista deixa milhões de órfãos no Brasil, não só integrantes de sua família mas também os muitos filhos adotados em seu trabalho nas pastorais da Criança e do Idoso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, Temer lembrou que Zilda Arns tornou-se sinônimo de doação em sua luta pelos mais carentes, em seu combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo. “Incansável, ela foi vítima de acidente durante missão no Haiti, onde ajudava o povo local e levava auxílio a um dos lugares mais pobres do mundo. O seu amor ao próximo não tinha fronteiras”, observou.
O 1º vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), manifestou pesar pela tragédia que atingiu o Haiti. O deputado lamentou as mortes de todos os brasileiros que estavam no País e expressou solidariedade às suas famílias.
Marco Maia lamentou profundamente a morte de Zilda Arns. “O Brasil perdeu a grande defensora das crianças. Estou solidário a todos que conviveram e contribuem para a causa de Zilda. O trabalho dela deve servir de inspiração para todos nós para seguir na defesa das crianças brasileiras. O País está de luto”, afirmou.
O deputado Claudio Cajado (DEM-BA) ressaltou que brasileiros e não brasileiros sentirão muito a falta de Zilda Arns, que dedicou sua vida a ajudar os mais necessitados aqui e em outros países, como o Haiti, onde ministraria palestras numa conferência de religiosos do Caribe: “Ela deixa saudade, mas acima de tudo um exemplo de dedicação para que outras pessoas abracem a sua causa.”
Já o 1º vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), disse que o País e o mundo estão chocados. “Ela era uma diplomata da paz, uma missionária que dedicou a sua vida à defesa da fraternidade, da solidariedade. É uma perda lamentável, fica um vazio”, ressaltou.
O deputado João Almeida (PSDB-BA) observou que a médica deixa uma contribuição valiosa à saúde e à assistência social: “Pessoas como ela nascem a cada 100 anos. O seu legado é muito valioso em todo o mundo.”
O 1º secretário da Câmara, Rafael Guerra (PSDB-MG), conviveu com Zilda Arns quando ambos eram integrantes do Conselho Nacional de Saúde e também na Frente Parlamentar da Saúde. “Ela dedicava a sua vida a resolver os problemas sociais, ajudar os mais pobres; sempre foi uma grande aliada da saúde”, destacou.
Já Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) destacou a generosidade de Zilda Arns. “Ela tinha capacidade de enxergar além; é uma perda lamentável”, declarou.
Ela foi homenageada pelo Congresso em 2005, quando recebeu o diploma Mulher Cidadã Berta Lutz. Foi agraciada também com a Medalha Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, em 2002. Em 2006, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.
Da Reportagem/Rádio Câmara
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