O presidente da Güiana, Bharrat Jagdeo, fez um apelo nessa quinta-feira (11) para que a presidente Dilma Rousseff intensifique as parcerias no país, assegurando a ampliação do abastecimento de energia elétrica, a construção da principal estrada da região e o comércio bilateral. Na conversa com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Jagdeo disse que o apoio brasileiro é fundamental para o desenvolvimento da Güiana, segundo informações de assessores. Patriota completou ontem sua 37ª viagem em pouco mais de sete meses no governo, dando prioridade aos países das Américas do Sul e Central. Foi a primeira visita de um chanceler brasileiro à Güiana. Com isso, o ministro ratifica a decisão de Dilma de dar prioridade aos países vizinhos e intensificar as relações em busca de parcerias e da chamada unidade regional. Além do presidente, Patriota se reuniu com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Carolyn Rodrigues-Birkett. Eles definiram o início dos estudos que levarão à construção de duas hidrelétricas na Güiana, com a participação de empresas e especialistas brasileiros. Patriota, Jagdeo e Rodrigues-Birkett também acertaram que serão feitas análises para dar início ao asfaltamento de 420 quilômetros de estrada que corta o país e chega à região fronteiriça com o Brasil - no estado de Roraima. Durante as reuniões, Patriota e Jagdeo definiram ainda que o Brasil e a Güiana manterão acordo de cooperação nas áreas de educação física e esportes. A idéia é trocar experiências, estimulando a execução de projetos comuns para o intercâmbio no treinamento de atletas, além de estimular a criação de centros de treinamento olímpico e instituições esportivas. Desde 2009, as relações entre o Brasil e a Güiana aumentaram em decorrência da inauguração da ponte sobre o Rio Tacutu - primeira ligação rodoviária direta entre os dois países. O comércio bilateral atingiu US$ 28,36 milhões em 2010, aumentando 45,6% em relação a 2009. O Brasil foi o 11º maior fornecedor da Güiana, exportando US$ 28,3 milhões para o país em 2010, um crescimento de 53,1% em relação a 2009.
Agência Brasil
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