Apesar de a Justiça ter suspendido a ordem de
expulsão dos índios Guarani-Kaiowá de suas terras na região de Dourados (MS), o
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta
quinta-feira (1º), em discurso no Plenário, que a situação dramática daquele
povo ainda está longe de ser resolvida. Citando matéria do jornal O
Estado de S.Paulo, Randolfe informou que 170 índios Guaranis-Kaiowás vivem
em uma área de apenas dois hectares, da qual se recusam a sair afirmando que
são terras ancestrais de seu povo. O parlamentar comentou ainda artigo da
ex-senadora Marina Silva sobre o caso, publicado pelo jornal Folha de
S.Paulo, em que ela defende os direitos dos índios. No texto, Marina Silva
cita trechos de um manifesto dos Kaiowás que mostra a situação trágica em que
vivem, inclusive com caso de suicídios e assassinatos.
- Até quando assistiremos a esse genocídio sem
fazer nada? Eu sei que, nesta semana, tivemos a feliz notícia da reversão da
decisão da Justiça Federal, de desapropriação, de desalojamento dos
Guaranis-Kaiowás de sua área. Mas não basta isso. É necessário acompanhar. Os
anos têm sido de chacina continuada, de extermínio desse povo. Nós não podemos
permitir que 170 remanescentes de um povo sejam dizimados diante de nossos
olhos – disse o senador.
Agência Senado
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