No Brasil, a maioria dos
homicídios atinge os jovens. Números de 2010, por exemplo, revelam que 50% dos
assassinatos registrados tinham com vítimas jovens entre 15 e 29 anos - 75% dos
quais eram negros. No entanto, a população ainda não tem a percepção da
gravidade desses índices, que expressam formas de preconceito e discriminação.
É o que revela a pesquisa "Violência contra a juventude negra no
Brasil", realizada pelo DataSenado, que será divulgada nesta
quarta, 7, pelo Presidente José Sarney, às 11h30, na sala de audiências da
Presidência do Senado. A pesquisa inédita e a primeira ação da parceria entre o
Senado e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR),
motivada justamente pela violência revelada nos números oficiais e parte da
campanha "Igualdade Racial é Pra Valer". Lançada em março de 2011
pela ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, a campanha quer reforçar – ou despertar
- a consciência social para o problema da discriminação e incentivar
iniciativas do Estado, do setor privado e da sociedade civil que contribuam
para o respeito às diferenças. O DataSenado entrevistou 1.234 pessoas de
123 municípios do país, incluindo todas as capitais, de 1º e 11 de outubro
último, para investigar a opinião popular sobre as causas da violência - quem
são as pessoas mais vulneráveis e qual é a experiência pessoal dos
entrevistados em relação ao racismo. "Os resultados desse levantamento
permitirão identificar discrepâncias entre as opiniões captadas e as
estatísticas oficiais", avalia a ministra Luiza Bairros.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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