Em reunião na comissão da saúde da Câmara
esta semana, o ministro falou sobre várias medidas que o governo federal tem
adotado para o fortalecimento das Santas
Casas e dos hospitais filantrópicos. Entre elas, a Lei 12.868,
sancionada nesta quarta-feira (16), que qualifica o processo de certificação e
renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS),
além do aumento de 26% para 50% do incentivo pago aos serviços prestados por
estas instituições. Com o reforço financeiro proporcionado pela Lei 12.868, as
Santas Casas e entidades filantrópicas devem ampliar o atendimento garantindo
uma melhor remuneração aos serviços. Essa medida vai gerar impacto financeiro
de R$ 1,7 bilhão em 2014. Os hospitais filantrópicos são responsáveis
atualmente por 51% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS). Um aumento
de 11% desde o começo do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Só em 2012, elas
foram responsáveis por 4.697.266 internações, o que equivale a 41% do total no
Brasil (11.439.889). Do valor gasto com internações em 2012 – R$ 11,6 bilhões
-, 47% são referentes aos hospitais filantrópicos (R$ 3,9 bilhões). Essas
entidades correspondem a 37% (128.867) do total de leitos SUS (345.183) no
país. O Ministério da Saúde tem trabalhado em cima de estratégias para melhorar
a situação das Santas Casas, que hoje, muitas se encontram com altas dívidas
financeiras. Uma delas é a moratória das dívidas, em que o estabelecimento
poderá ter sua pendência zerada em até 15 anos ao assumir o compromisso de
ampliar o atendimento a pacientes do SUS. “Quem tiver dívida e aceitar a se
organizar para atender as maiores demandas da população, vão ter suas dívidas
perdoadas. Algumas dessas demandas são problema de vesícula e câncer de
próstata, por exemplo”, acrescentou Padilha. Outra proposta é a otimização de
passagem de recursos. As Santas Casas que resolverem com agilidade e eficiência
os problemas dos pacientes receberão mais investimentos e recursos por parte do
MS. “O paciente não quer saber quantos exames terá de fazer, ele quer sair
do hospital curado. Ao invés de pagarmos as Santas Casas por exames e
procedimentos realizados, vamos pagar por problemas resolvidos”, ressaltou
Padilha. E a última medida é a facilitação do processo de certificação das
Santas Casas, que antes era feita pelo MS e pela Receita Federal, e agora o
certificado de funcionamento como Santa Casa será feito somente pelo
Ministério.
Hilberto Amanajas – santacasadoamapa@gmail.com
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