MANCHETES DO DIA
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Decisão atinge quem ganha acima do mínimo; total de vetos é recorde. A presidente Dilma Rousseff passou por cima do acordo entre a base aliada e a oposição e vetou artigo da lei do Orçamento que garantia aumento real (superior à inflação) em 2012 para os aposentados com pensões acima de um salário mínimo. Com o veto, eles só deverão ter o reajuste correspondente à inflação, como determina a legislação atual. O governo alega que não tem como calcular os recursos necessários para cumprir o acordo. Dilma vetou pontos que limitavam gastos públicos e impediam que despesas crescessem acima dos investimentos. Com as medidas, Dilma sinaliza que o Orçamento de 2012 será de arrocho nos gastos e que o governo pretende ter controle mais rígido sobre os cortes e as áreas que serão ou não poupadas. Ao todo, foram 32 vetos - um recorde. A oposição considerou um desrespeito ao Congresso a quantidade inédita de vetos e ameaça obstruir sessões de interesse do governo até que eles sejam postos em votação. (Págs. 1 e 11)
Ministro da Agricultura reage e diz que ex-subordinado deve dar os nomes. O ex-chefe da comissão de licitação da Agricultura Israel Leonardo Batista disse que o ministério foi "corrompido" após a chegada de Wagner Rossi, que colocou pessoas que "vão assinar o que não devem". Batista confirmou que o lobista Júlio Fróes tentou lhe dar propina dentro do ministério, em sala a 30 passos do gabinete do ministro. Ele disse à Folha que fitas do circuito interno provarão se Rossi conhece o lobista. (Págs. 1 e Poder A4)
Dilma tira da lei orçamentária o possível reajuste acima da inflação de benefícios superiores ao mínimo. Para mostrar rigor fiscal, a presidente Dilma Rousseff vetou a possibilidade de dar reajustes acima da inflação para aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefício com valor superior ao do salário mínimo no ano que vem. Esse foi um dos 32 artigos que a presidente retirou da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), atendendo recomendação da equipe econômica. Para o senador Paulo Paim (PT-RS) e representantes dos aposentados, o veto demonstra falta de sensibilidade política. Dilma também vetou, entre outros itens, o estabelecimento de meta para reduzir o déficit das contas públicas para 0,87% do PIB já em 2012; o artigo que estabelecia que os gastos do custeio não poderiam crescer acima dos investimentos; e o compromisso de pagamento de despesas como no caso de ressarcimento a Estados exportadores que perderam receitas com a Lei Kandir. (Págs. 1 e Economia B5)
Governo federal veta o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelecia reajustes acima da inflação aos segurados do INSS com benefícios maiores que um salário mínimo. A decisão atinge nove milhões de pessoas. (Págs. 1, 8 e 9)
O crescimento da oferta de crédito no país voltou a ser puxado pelos bancos estatais. No segundo trimestre, as carteiras da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil tiveram expansão de R$ 34,1 bilhões na comparação com o período imediatamente anterior. O crescimento foi de 8% e 5,1%, respectivamente, enquanto os bancos privados aumentavam suas carteiras em ritmo mais lento (veja gráfico). Juntos, os três maiores - Itaú Unibanco, Bradesco e Santander - adicionaram R$ 29,7 bilhões no trimestre. Durante a crise de 2008/09, os bancos públicos já haviam liderado a expansão do crédito. Mas, em meados do ano passado, os privados chegaram a ensaiar uma reação para retomar espaços perdidos. Neste ano, o movimento voltou a ser favorável aos estatais, com uma colocação de R$ 55,2 bilhões no primeiro semestre, em comparação com R$ 50 bilhões dos três grandes privados. (Págs. 1 e C1)
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