Em entrevista ao chegar no Senado manhã de hoje (10), o presidente José Sarney (PMDB-AP) descartou qualquer desgaste na base de apoio do Governo no Congresso em decorrência da ação da Polícia Federal em Ministérios comandados por políticos da aliança que apóia o governo de Dilma Roussef. Sarney foi taxativo: "A presidente goza de uma grande confiança aqui do Congresso. Esta fazendo um excelente governo, administrando todas as crises com absoluta competência, de maneira que, quanto ao Congresso, ela tem um grande apoio, reiterado unanimemente pela bancada do PMDB". Depois de ressaltar que o tema mais preocupante no momento é a crise econômico-financeira internacional, Sarney classificou as prisões realizadas pela Polícia Federal no Ministério do Turismo como um caso policial: "A partir de agora não é um caso de política, é um caso de polícia. Cabe a polícia provar quem são os culpados e quem são os inocentes, e tirar a política disso." O presidente do Senado reforçou sua tese ao dizer que o PMDB "de maneira nenhuma foi atingido" pelas ações da Polícia Federal no ministério do Turismo: "A parte política é uma coisa, a parte policial é outra. São inteiramente autônomas". Sarney também manifestou discordância com aqueles que defendem mais leis para impedir a impunidade dos crimes conhecidos como do "colarinho branco". Para o senador "temos leis muito fortes a respeito da corrupção, do colarinho branco", indicando que a lentidão processual do sistema judiciário é o principal entrave à punição dos culpados. Segundo ele, a solução estaria na aprovação da reforma do Código de Processo Penal: "as modificações do Código estão na Câmara Federal. Estamos fazendo revisão de vários códigos justamente para atualizá-los à velocidade com que os fatos acontecem".
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário