terça-feira, 20 de novembro de 2012

Artigo do Gato – “União, a madrasta má”



Sempre há exceção, mas em regra, a mulher que casa com um homem que já tem filhos vai sempre tratar os frutos do primeiro casamento com preconceito e discriminação. Por isso, a má fama das madrastas e elas são sempre utilizadas como metáfora quando querem ilustrar alguém maltratando um filho. No caso em tela, a União trata o Amapá como um bastardo, o filho mal querido e sem importância. Para esse (Amapá), o rigor da lei, para os frutos bem quistos, as benesses dela. Yehoshua (em hebraico) ou Jesus Cristo, o filho de Deus, sempre usou as parábolas como métodos eficazes em suas pregações peripatéticas. Ele sempre as usava para ensinar o homem à forma correta de conduzir-se na vida. Dentre as muitas parábolas de Jeová, uma referia-se ao "Servo Impiedoso". Devedor e sem poder pagar sua dívida, recebe o perdão de seu senhor e ao encontrar um conservo que lhe devia, exigiu o pagamento e o conservo, sem condições de quitar a dívida, o mandou para a prisão e de lá só sairia depois de pagar o que devia. Rápido esqueceu o servo, a gratidão que recebeu do seu senhor, mas recebeu a lição. Disse-lhe o senhor: (Mateus 18:33) “não devias tu, igualmente compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mateus 18:34).  “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida”. Usando a parábola do "servo impiedoso", podemos dizer então que a união é o servo e, o Amapá, o conservo, pois a situação da dívida da Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA é a dívida do conservo que não pode pagar, mas a União não lhe perdoa e se mantém irredutível na posição de só abrir o processo de federalização mediante o pagamento da dívida que chega a casa de R$ 2,5 milhões. A União está esquecendo a sua dívida para com o povo amapaense. Já não é de hoje que o Amapá dá, através de suas riquezas minerais e florestais, muitas divisas a Balança Comercial do País e pouco ou quase nada receber em troca. E vamos além senhores: o Parque Montanhas do Tumucumaque, criado no final do governo FHC através de um decreto, sem consulta popular, engessou 3.867.000 hec de terras amapaenses e paraenses. No decreto presidencial, em seu artigo primeiro, fica claro que o Parque foi criado para assegurar a preservação dos recursos naturais e diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico. A promessa era de um investimento imediato de R$ 300 milhões de reais. Alguém pode dizer se algumas dessas condições foram cumpridas e quais os dividendos sociais e econômicos que o Parque trouxe para o Amapá, que perdeu parte do seu território sem poder explorar em favor de sua economia as riquezas minerais e florestais existentes na área do Parque? (...)

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