A TV Senado vai reprisar no próximo domingo (28), às 21h30, a aula-espetáculo A Arte Como Missão, do escritor Ariano Suassuna, falecido na quarta-feira (23). Ariano teve uma parada cardíaca provocada por hipertensão intracraniana.
Durante a palestra, o escritor se propõe a dar uma aula sobre história da arte a partir do legado cultural brasileiro. Por mais de uma hora ele discorre sobre o que classifica como “a fantástica unidade da diversidade do povo brasileiro”.
Analisando as manifestações culturais do país sob o ponto de vista da cultura clássica, Ariano volta a afirmar que daí vem toda a inspiração para sua obra. “Dizem que eu tenho muita imaginação. Não é verdade. Eu copio o que o povo brasileiro faz”, diz o escritor.
Dramaturgo, ensaísta, romancista e poeta, Suassuna escreveu clássicos como a peça teatral Auto da Compadecida (1955) e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta(1971).
Ele nasceu na Paraíba em junho de 1927 e, a partir de 1942, passou a viver no Recife, onde se formou em Direito. Ainda estudante, começou a escrever para o teatro. Sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol, é de 1947. Na década de 1970 criou e liderou o Movimento Armorial, cujo objetivo era unir a cultura clássica com a cultura popular nordestina em todas as manifestações artísticas. Era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1990.
Princesa
Também será reprisado o filme Princesa do Sertão, documentário de 130 minutos sobre a cidade que se rebelou contra o governo republicano no início do século passado. A TV Senado transmite o filme nesta sexta-feira (25), às 21h30.
O diretor Deraldo Goulart aborda em entrevista Ariano Suassuna, filho de João Suassuna, político paraibano que governou o estado entre 1926 e 1930. O município de Princesa Isabel fica no alto sertão, distante 426 km de João Pessoa, a capital da Paraíba. No início do século, o município - no qual figuras como José Pereira, João Suassuna e muitos outros fizeram história - era dominado politicamente por oligarquias.
O documentário procura revelar o intrincado jogo de interesses políticos em torno de uma questão maior, o assassinato de João Pessoa (sobrinho de Epitácio Pessoa, que foi presidente da República) e maior adversário dos chamados coronéis. O filme traz depoimentos reveladores de estudiosos e moradores de Princesa que esmiúçam a Revolução de 1930, pano de fundo para os acontecimentos políticos que culminaram em tensões entre oligarquia local e o capitalismo urbano em formação no Brasil.
João Suassuna, agroindustrial e político, era aliado ao coronel José Pereira, líder do movimento separatista. O município de Princesa Isabel, que no auge da crise possuía uma população predominantemente camponesa, é tomado pelas milícias dos coronéis a mando de José Pereira, João Suassuna, Julio Lira e João Pessoa Queiroz (primo e desafeto de João Pessoa). Há então o desfecho fatal em Recife, quando João Pessoa, em visita oficial à cidade, é abordado pelos seus opositores e assassinado por João Dantas, advogado da família Pereira.
Com informações da TV Senado
COMO ASSISTIR |
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Dia e horário:
Filme Princesa do Sertão: Sexta-feira (25), às 21h30. Aula-espetáculo A Arte Como Missão:Domingo (28), às 21h30. |
Para sintonizar: A TV Senado está disponível na TV aberta em sinal analógico e digital, na TV por assinatura e por satélite (antena parabólica). Os canais dependem de cada cidade (veja aqui). |
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Agência Senado
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