terça-feira, 8 de novembro de 2011

Comunicação do Senado esclarece à revista Veja a importância da TV Senado

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado Federal encaminhou nota, nesta segunda-feira (7), ao colunista responsável pela seção Radar, da revista Veja. A nota esclarece a revista a respeito do papel, das características e da importância da TV Senado e demais veículos de comunicação públicos para a democracia.

Segue a nota:

"A propósito da nota “TV traço“ publicada na edição 2242 da, de 09 de novembro da Revista Veja, gostaríamos de apresentar informações quanto a números e ao papel da TV Senado. Ao afirmar que “a TV Câmara dá traço, mas é mais vista do que as TVs Senado e Justiça, o que não é lá grande coisa”, com base em suposta pesquisa à qual o Senado não teve acesso e em conceitos construídos a partir de uma postura da mídia de mercado, a nota desqualifica as TVs públicas e a sua importância para a República, para o cidadão e, sobretudo, para o processo democrático.

Ora, qualquer pessoa que estuda a fundo as questões colocadas pela modernidade – quando as redes sociais e outras formas de comunicação em tempo real vão desmontando ideologias velhas, à direita e à esquerda – sabe que o paradigma liberal de uma mídia privada como única instância legítima de informação não subsiste mais, desabou. Todos os atores sociais – mercado, estado, terceiro setor e outras modalidades de organização – são chamados a contribuir no amplo e necessário processo comunicativo, convergente, cada um em sua área, cada um com sua competência, cada qual com a sua especificidade.

Há muito tempo os chamados veículos de mercado – e a Revista Veja é um deles – perderam a capacidade de disponibilizar sozinhos todos os fatos gerados pela sociedade. Dos fatos produzidos diariamente pelo Senado Federal, por exemplo, apenas uma pequena mostra chega à opinião pública pelas mãos dos grandes jornais e das redes de comunicação eletrônica – embora legítimos, seus critérios de transformação do fato em notícia se guiam mais pelo senso comum que dá ibope e publicidade e não necessariamente pelo interesse público efetivo. É comum aos grandes veículos afirmações de que o Plenário não votou nenhuma matéria, quando inúmeras foram aprovadas em caráter terminativo nas comissões e seguiram à Câmara ou à sanção presidencial. Sem falar em grandes debates, grandes temas, que raramente são objeto de interesse dos setoristas da mídia privada em virtude de uma certa ditadura da pauta.

No caso dos veículos do Senado Federal, somente eles estão organizados para disponibilizar à sociedade a totalidade dos debates e decisões ocorridos na Casa. E é por meio desses veículos que cada segmento social ou cidadão isoladamente acessa detalhes dos projetos e idéias que podem alterar suas vidas. Sem mistificação, sem a intermediação ideológica de veículos específicos, sem a influência do tradicional “gatekeeper”, mas com informação completa, sem rodeios, absoluta. Com a transmissão das sessões de Plenário e das comissões em tempo real, o cidadão acompanha debates e decisões sem trucagem, sem cortes, sem qualquer tipo de orientação alheia aos fatos.

A TV Senado é transmitida nacionalmente pelas operadoras de TV por assinatura e opera em canal aberto em 11 capitais – Brasília, Cuiabá, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo -, sendo que já pelo sistema digital em Brasília e São Paulo (com a TV Câmara). Além disso, é acessada pelas mais de 20 milhões de parabólicas espalhadas principalmente pelas periferias das grandes cidades e todo o interior, de norte a sul, e também pela internet, em oito canais em tempo real.

Semanalmente, a TV Senado coloca no ar aproximadamente 50 horas de transmissões ao vivo e outras 20 horas de programas de produção própria. Está no ar 24 horas por dia e cobre, além do Plenário e Presidência, mais 11 comissões permanentes do Senado, duas comissões mistas do Congresso Nacional e mais de 20 subcomissões, além de inúmeros debates e iniciativas vinculados ao processo legislativo. Faz mais a TV: fornece sinais para outras emissoras brasileiras e é acompanhada de forma vigilante pelas redações espalhadas pelo país como fonte de pauta ou, simplesmente, para evitar “furos” de reportagem. Em simpósio realizado pelo Senado para avaliar o seu próprio trabalho de mídia, as jornalistas Eliane Cantanhede, da Folha de S. Paulo, e Sílvia Faria, da TV Globo, entre outros, destacaram a importância da cobertura dos veículos do Senado para os grandes jornais, como fonte primárias de informação e checagem de sua produção, por confiabilidade e isenção, tendo citado, especificamente, a relevância da TV Senado. Silvia, diretora de Jornalismo da Globo em Brasília, afirmou que mantém um aparelho de TV em sua sala ligado permanentemente na TV Senado.

A importância do veículo é atestada pelos próprios senadores que, em reuniões na Secretaria Especial de Comunicação Social, frequentemente expressam seu impacto positivo junto aos eleitores nos estados e municípios, em todas as regiões brasileiras. Mais: todos os senadores, sabendo da importância dos veículos da Casa, já dialogam diretamente em seus discursos na tribuna com ouvintes e telespectadores e não mais só com o presidente da Mesa e outros parlamentares.

Pesquisa do DataSenado, serviço vinculado à Secretaria Especial de Comunicação Social e que realiza sondagens com resultados aceitos e divulgados pela mídia privada, evidencia que de uma base de 150 milhões de brasileiros, 26% residentes nas capitais assistiram a TV Senado  nos últimos três meses, índice que cresce para 70% quando o público é do interior. Não está contabilizado aqui todo o potencial dos usuários de parabólicas, a grande maioria deles concentrada no interior de norte a sul e nas periferias das capitais.

Jamais a TV Senado, tal como as TVs públicas, vai disputar a primazia do IBOPE, embora ela tenha de se preocupar em ser sempre eficiente na disponibilização da informação e na busca de maiores audiências. Quem sintoniza a TV Senado não o faz por lazer, está em busca de informação objetiva que altera as suas vidas. E essa busca, mesmo se episódica, tracejante para certos articulistas da mídia privada, porém estratégica para construção da cidadania e da democracia segundo entendemos, jamais será colhida de forma isenta e precisa pelos institutos informados pelo entretenimento.

Os senadores historicamente criaram a comunicação da Casa e cabe a eles, a luz de suas consciências, alterar o rumo dos serviços. Todos os questionamentos relacionados à qualidade da informação, ao tamanho e abrangência dos veículos, a pessoal, a gastos são válidos e passíveis de discussão. Parece algo despropositado, isso sim, qualquer raciocínio que almeje ser possível voltar a roda da democracia e da história da comunicação, como se apenas uma vertente da mídia pudesse prevalecer.

O bom jornalismo é feito com informação. É o que a TV Senado e os demais veículos da Casa produzem com seriedade e compromisso. E isso É SIM, grande coisa para o cidadão brasileiro."

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