sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

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Enquanto o vazamento de petróleo de um campo operado pela empresa americana Chevron polui o litoral norte fluminense há dez dias, em terra firme, órgãos governamentais - como ANP, Ibama, Polícia Federal e Marinha - e a sociedade civil apertam o cerco em torno de um acidente que pode ser até 23 vezes maior que o estimado pela petrolífera. Oficialmente, a Chevron calcula que a mancha de óleo localizada a 120 quilômetros da costa era ontem de 65 barris na superfície, e que o total vazado ao longo dos dias teria chegado a 650 barris. O geólogo americano John Amos, da ONG SkyTruth, estima, contudo, com base em imagens captadas pela Nasa, um vazamento de 3.738 barris por dia entre 9 e 12 de novembro. Isso daria um total de, pelo menos, 15 mil barris despejados no oceano.


O ministro Carlos Lupi (Trabalho) recebeu diárias do ministério para viagem de três dias ao Maranhão e em um deles só cumpriu agenda do PDT. Presidente licenciado do partido, disse que vai devolver o dinheiro à Controladoria da União. No Senado, Lupi admitiu pela primeira vez ter usado um avião particular indicado pelo empresário Adair Meira, que tem convênios na pasta.


A agência de classificação de risco Standard and Poor"s elevou ontem em um degrau a nota de crédito soberano do Brasil, argumentando que o governo tem demonstrado seu compromisso de atingir as metas fiscais. Em plena deterioração do cenário internacional, por causa da crise europeia, o upgrade (melhora da nota) foi comemorado pelo governo como um endosso da política econômica, e saudado por analistas como um reforço da posição brasileira. "Acho importante o upgrade, nesse momento tão difícil para o mundo", comentou Arminio Fraga, da Gávea Investimentos, e ex-presidente do Banco Central (BC). Para Fraga, "é um ponto merecido para nós, e espero que contribua para reforçar uma agenda de reformas (econômicas)".


A agência de classificação de risco Standard & Poor"s, que recentemente rebaixou os EUA, elevou a classificação da dívida de longo prazo do Brasil em um degrau: de BBB- para BBB. A notícia, um atestado de confiança no país para investidores externos, não poderia ter vindo em melhor hora: ocorreu justamente em meio ao agravamento da crise mundial e no mesmo dia em que o Banco Central revelou a retração de 0,32% na atividade da economia brasileira no terceiro trimestre do ano.


A recente valorização do dólar e do yuan reduziu um pouco a tensão em torno da chamada guerra cambial e torna menos provável o uso de novos controles de capitais pelas economias emergentes. Mas a depreciação cambial ainda parece insuficiente para encorajar países como Brasil, África do Sul e Coreia a levantar os controles cambiais adotados nos últimos anos. Cálculos do Peterson Institute for International Economics, um centro de estudos de Washington, mostram que a sobrevalorização do dólar perante moedas do resto do mundo aumentou de 8,5% para 9,3% entre abril e outubro. Na direção inversa, a sobrevalorização do real diminuiu de 10,1% para 5,2%.

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