Bons serviços
Ao justificar a proposição, Sarney argumentou que as três entidades são associações seculares, sem fins lucrativos, que vêm prestando excelentes serviços à Nação. Tanto assim que, ao longo do tempo, elas vêm sendo reconhecidas como instituições de utilidade pública pelo Estado brasileiro. Apesar disso, conforme o senador, todas enfrentam dificuldades no desenvolvimento de suas atividades, em decorrência da pesada carga tributária a que estão sujeitas. Para Ideli Salvatti, causa "surpresa e estranheza" o rigor tributário exercido pelo Estado sobre essas entidades, já que nenhuma possui finalidade, atividade ou interesse econômico. Além disso, salienta Ideli, é necessário considerar o princípio da significância: a contribuição que podem aportar aos cofres públicos é diminuta, embora represente ônus pesado para as mesmas, dificultando o cumprimento de suas funções culturais. Ideli incorporou ao texto três emendas, todas vindas da CCJ - uma para atualizar a denominação do órgão de arrecadação federal, a atual Secretaria da Receita Federal do Brasil; outra para suprimir artigo que tratava da isenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), tributo já extinto; e a terceira, apenas para aperfeiçoamento de redação. De teor semelhante, outras duas emendas foram rejeitadas. De acordo com Ideli, as duas proposições tinham a finalidade de modificar, "por via oblíqua", a legislação que criou a Timemania, com o objetivo de criar condições para liberar multas e juros devidos pelos clubes de futebol, em decorrência de débitos tributários renegociados com a Receita Federal. Outra finalidade era abrir mais um mês de prazo para adesão ao parcelamento dos débitos. Uma emenda veio da CCJ e a segunda foi apresentada à CAE.
Gorette Brandão / Agência Senado
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