quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

Se você não teve tempo de ler os jornais de hoje, leia-os agora


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não mentiu apenas ao Congresso Nacional. Mentiu também para o Palácio do Planalto. Na sexta-feira, quando o governo soube que seria divulgada reportagem na revista "Veja" sobre a viagem de Lupi ao Maranhão, o ministro enviou ao Planalto a informação de que não tinha ligação com o empresário Adair Meira, que comanda uma rede de ONGs conveniadas com o ministério, e negou que tivesse viajado num King Air oferecido pelo dirigente de ONGs. No sábado, o ministério voltou a dizer em nota oficial que Lupi só utilizou o avião bimotor Sêneca. Mas o ministro foi desmentido pelas imagens. Nas palavras de um interlocutor direto da presidente Dilma Rousseff, a sobrevida dada a Lupi até a reforma ministerial em janeiro já não existe. Avaliação feita ontem por integrantes do núcleo do governo foi a de que Lupi deve uma explicação pública convincente. E, se isso não ocorrer, o Planalto espera que o PDT conduza o processo de substituição de Lupi o mais rápido possível.


Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação. A legislação prevê mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, por 40 horas semanais, excluindo as gratificações. A lei também assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas para poderem atender aos estudantes e preparar aulas.O levantamento da Folha mostra que a jornada extra-classe é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora de classe.(...) O Ministério da Educação afirma que a lei deve ser aplicada imediatamente, mas que não pode obrigar Estados e municípios a isso.


Em vez de esperar reforma ministerial, em 2012, presidente vai traçar destino do ministro a partir das novas explicações que ele terá de dar hoje ou amanhã. Os indícios de que o ministro do Trabalho e o PDT usaram favores de uma organização não governamental (ONG) e de empresas para contratar aviões a serviço de viagens partidárias agravaram a situação de Carlos Lupi. Em vez de esperar para definir sua situação só na reforma ministerial, em 2012, a presidente Dilma Rousseff vai traçar o futuro do ministro a partir das novas explicações que ele terá de dar hoje ou amanhã por conta do noticiário dos últimos dias. Além das novas explicações para Dilma, Lupi vai ter de se defender, no próximo sábado, na reunião do Diretório Nacional do PDT. Um dos itens da agenda da reunião é "a prestação de contas do ministro Carlos Lupi de suas ações à frente do Ministério do Trabalho e Emprego". Perante os cerca de 300 integrantes partidários, Lupi tentará uma sobrevida cavando, se possível, uma nota oficial de apoio do PDT à sua permanência na pasta.


Presidente do diretório maranhense afirma ao Correio que a legenda não pagou o voo de Lupi. O partido cobra novas explicações. Nem a calmaria na Esplanada durante o feriado foi suficiente para amenizar a turbulenta situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT). Ontem, surgiu uma nova contestação à versão apresentada pelo pedetista para o episódio da viagem supostamente patrocinada pelo dono da Fundação Pró-Cerrado, Adair Meira, em um avião alugado. Em entrevista ao Correio, o presidente do diretório regional do PDT no Maranhão, Igor Lago, afirmou que o partido não pagou o aluguel da aeronave que transportou Lupi, Adair e o então titular da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE), Ezequiel Nascimento, para três cidades do interior do estado, em dezembro de 2009.


O financiamento à exportação caiu quase pela metade na última semana de outubro e na primeira de novembro. A média diária de concessões de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) recuou de US$ 251 milhões, em setembro, para US$ 142 milhões no começo deste mês, segundo dados do Banco Central (BC). Os bancos europeus, ameaçados pela crise das dívidas soberanas na zona do euro, estão reduzindo o funding das linhas externas, mas até agora esse movimento contracionista, que deve prosseguir, foi contrabalançado por uma demanda menor de recursos por parte das empresas, motivada pela volatilidade do dólar. Os principais bancos estrangeiros que fornecem linhas de "trade finance" ao Brasil estão localizados na Europa e EUA. Os bancos europeus estão mais seletivos, segundo executivos ouvidos pelo Valor. Mas até agora a redução foi suave e não pode ser comparada à severa falta de liquidez durante a crise de 2008, afirmam fontes de grandes bancos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acompanhe

Clique para ampliar