Autoridades do país prestigiam fenômeno natural no Amapá
O Equinócio trouxe para o Amapá o STF, STJ e o Senado Federal
O Equinócio das Águas, comemorado ontem em alto estilo no Amapá, contou esse ano com a presença das maiores autoridades do país. Entre elas, os Ministros Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal e Ari Pargendler, vice presidente do Superior Tribunal de Justiça. Exatamente às 8h44, todos puderam observar a passagem do sol pelo obelisco, no relógio solar do monumento, marcando a chegada do outono no Hemisfério Sul. Logo após o fenômeno, autoridades participaram de uma palestra ao ar livre dos astrônomos Milton Barros, do Observatório de Diadema de São Paulo, e do professor Marcomede Rangel, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Uma apresentação de Marabaixo abriu a programação que se estende até o próximo domingo, que incluiu atrações musicais, previsões astrológicas, exposição de arte, feira de artesanato, filmes sobre o universo no planetário, além de apresentações de rapel no monumento. Durante o discurso de agradecimento, o governador Waldez Góes falou sobre a importantancia do encontro de autoridades do executivo, legislativo e judiciário durante o fenômeno, o que resulta positivamente na união de forças entre os poderes na luta pelo bem estar do povo. Também estiveram presentes na abertura do evento o senador José Sarney, o Desembargador Federal Jirair Meguerian, Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª região, os Prefeitos Roberto Góes, de Macapá, e Antonio Nogueira, de Santana. Todos os Secretários de Estado também compareceram no evento, organizado pela Secretaria de Turismo do Amapá.Todo esse fenômeno atrai cada vez mais a atenção do país e do mundo para o Estado, refletindo diretamente no setor turístico e econômico do Amapá. Macapá, no Amapá, é a única capital brasileira cortada pela linha do Equador. Por conta disso, pelo menos duas vezes ao ano, os moradores da cidade têm o privilégio de assistirem ao fenômeno chamado de Equinócio, uma manifestação em que os raios do sol, no seu movimento aparente, incidem diretamente sobre a linha do Equador. Nesse período, os dias e as noites têm a mesma duração em todo o planeta. A ocorrência desse fenômeno se dá em dois momentos: em março, conhecido como equinócio da Primavera; e em setembro, chamado de equinócio de Outono. A palavra “aequinoctium”, vem do latim, quer dizer “dia igual a noite”. Representa a passagem do sol pelo Trópico de Câncer (Hemisfério Norte), atravessando a linha do Equador e indo incidir pelo Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul), onde é realizado um movimento de vai-e-vem. Por causa da inclinação de 13º 27’ que a Terra sofre, se tem a impressão de que o sol é que se movimenta, mas na verdade é o planeta quem faz esse evolução. Esse vai-e-vem dura, aproximadamente, no período de 21 de junho a 21 de dezembro.Para os povos antigos, como os caldeus, fenícios, astecas, maias, incas e egípcios, a posição que o sol ocupa na linha do horizonte tinha uma grande importância para o dia-a-dia deles. Era nesta data e nesta exata posição do sol que eles marcavam o calendário. Era dele que se contava o início para os 365 dias do ano. Atualmente, é através da ajuda do GPS- Sistema de Posicionamento Global Carmin, instrumento que determina posições geográficas (latitude e longitude) por meio de 24 satélites, que se consegue chegar aos dados astronômicos de localização. Antes, o homem só conseguia esses dados com a ajuda do sol e das estrelas.Em Macapá, o Equinócio pode ser observado do Monumento do Marco Zero. Além dos moradores da capital amapaense, o fenômeno costuma atrair estudiosos e turistas. Em 2001, o fenômeno aconteceu dia 20 de março. No Amapá, devido a estação chuvosa, o equinócio de março foi batizado como Equinócio das Águas, que se justifica pelo aumento do nível das águas favorecido pela atração astral.
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